O Chery QQ, famoso por ser o carro mais barato do Brasil por anos, está de volta. A montadora chinesa anunciou nesta semana a nova geração do modelo, agora como um carro elétrico com porte maior, sendo um forte candidato a concorrer com o BYD Dolphin, no Brasil.

O compacto, que vendeu mais de 30 mil unidades no país entre 2011 e 2019, promete surpreender com tecnologia moderna e um design atualizado. Confira o que já sabemos sobre esse retorno.

O novo Chery QQ elétrico

A Chery revelou o projeto em um evento na China, mostrando um teaser da nova silhueta do QQ. O carro mantém o formato hatch, mas será mais robusto que as versões antigas, com espaço interno ampliado graças à mecânica elétrica.

O modelo será apresentado oficialmente no Salão de Xangai, que será realizado em abril deste ano. A expectativa é que ele seja um veículo de entrada elétrico, com motorização simples e preço competitivo.

História do QQ no Brasil

Lançado na China em 2003, o Chery QQ chegou ao Brasil importado da China, em 2011, com preço inicial de R$ 22.900, tornando-se o carro mais barato do mercado até 2016. Ele rivalizou com modelos de marca tradicionais no país como o Renault Kwid e o Fiat Mobi.

Em 2015, ganhou uma nova geração e, em 2016, passou a ser fabricado no Brasil. Mas, em 2019, após a venda de 51% da Chery ao grupo CAOA, o modelo foi descontinuado por aqui.

Como era o Chery QQ?

O QQ era um subcompacto leve, com apenas 940 kg. Tinha motor 1.0 flex de 75 cv e câmbio manual de 5 marchas. Oferecia ar-condicionado, direção hidráulica e rádio com MP3 — itens raros em carros de entrada na época.

Por outro lado, recebia críticas. Revistas como Auto Esporte e Quatro Rodas apontaram problemas como peças mal encaixadas, ruídos internos, câmbio impreciso e suspensão “molenga”, que afetava a estabilidade.

Em 2017, surgiu a versão Smile, mais básica e voltada para frotistas, sem direção assistida ou ar-condicionado.

Polêmica do design

A primeira geração do QQ gerou controvérsia. A General Motors acusou a Chery de copiar o Daewoo Matiz (vendido como Chevrolet Spark), alegando que as portas eram intercambiáveis e o design, idêntico.

O caso ganhou destaque na mídia. Sites como MotorAuthority.com chamaram o QQ de “cópia carbono”, e o International Herald Tribune o classificou como um “clone” em 2005.

O que esperar do novo modelo?

Ainda há poucos detalhes, mas o novo QQ deve mesclar um visual moderno com referências ao passado. Na China, já existe o Chery QQ Ice Cream (foto abaixo), um elétrico menor, com motor de 27 cv e autonomia de 170 km.

O QQ brasileiro, porém, será maior e mais tecnológico, acompanhando o avanço da indústria chinesa, hoje líder em veículos elétricos.

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