De acordo com um estudo da EY, os brasileiros estão entre os países com maior média de uso do carro para trabalhar ou estudar. Quase nove em cada dez (88%) responderam que preferem seu veículo automotivo pessoal no dia a dia. A média global registrada foi de 80%.
Essa preferência pode ser explicada por diversos fatores, como a infraestrutura de transporte pública ainda inadequada em muitas cidades brasileiras, a distância entre casa e trabalho ou estudo, e a cultura de individualismo predominante no país.
Home office reduz trânsito em São Paulo
O estudo da EY também mostrou que o home office tem um efeito positivo na redução do trânsito. No Brasil, 27% dos respondentes disseram que estão trabalhando remotamente de três a quatro vezes por semana. Em São Paulo, a redução na lentidão do trânsito tem sido maior nas segundas e sextas-feiras, dias em que o home office é mais comum.
A diminuição do uso do carro e do transporte público devido ao trabalho remoto contribui para os esforços contra o aquecimento global. Um estudo da Cornell University em parceria com a Microsoft mostrou que o trabalho totalmente remoto pode reduzir em 54% a pegada de carbono de um profissional.
Veículos elétricos ganham espaço
Em uma sociedade ainda muito dependente dos carros, os elétricos podem ser a solução para reduzir a poluição e as emissões de gases de efeito estufa. A expectativa é que eles dominem os mercados europeu, chinês e estadunidense em termos de vendas até 2033.
No Brasil, o preço de venda dos veículos elétricos (VEs) limita sua popularização, considerando o poder de compra médio da população. No entanto, há enorme potencial no mercado de VEs para os próximos anos.
Além de baratear os veículos para o consumidor, o desafio será gerar eletricidade para atender à demanda adicional. O caminho será recorrer às fontes renováveis de energia, como solar, eólica e hidrogênio verde.