Por conta da depreciação e receio de o possível comprador desistir do negócio, quem vende um carro que já foi batido geralmente prefere omitir o problema. Para os leigos, identificar reparos na lataria ou danos estruturais no veículo parece ser uma tarefa difícil.
Por isso, o portal Seminovos Super preparou algumas dicas que podem te ajudar nessa missão. Afinal, ninguém quer pagar um valor de tabela por um veículo batido, que sofre uma depreciação média de 20% a 30%. Antes de tudo, é importante ressaltar que nem sempre o fato de o carro ter sofrido uma batida antes é motivo para desistir da compra. Essa decisão depende do quanto o veículo foi danificado. O problema é quando a batida causa danos estruturais ao carro; um seminovo nessa situação pode apresentar problemas crônicos de alinhamento, de parte mecânica ou de infiltração, por exemplo.
Cor mais opaca
Carros com pintura refeita têm uma característica relativamente fácil de perceber. As oficinas têm dificuldade em reproduzir o mesmo acabamento de fábrica, e um veículo repintado costuma ter uma superfície não tão lisa. Onde o carro foi repintado, a cor fica um pouco mais opaca que a original. Para notar isso, o ideal é fazer uma vistoria diurna. Com o reflexo da luz, é possível notar manchas, sobretudo em pinturas metálicas. Outro teste legal de se fazer é ir até a traseira do carro e olhar para sua lateral. Se encontrar qualquer ondulações, é sinal de que ele foi repintado.
Batidas que causam danos estruturais sérios podem ser percebidas ao se abrirem e fecharem as portas do carro várias vezes. Elas devem sempre se fechar de forma natural, sem muito esforço. Se encontrar vãos além do normal no encaixe delas com as colunas, é sinal de que o carro sofreu uma batida forte e a carroceria ficou torta.
Dar batidinhas leves em diferentes pontos da carroceria é outro teste útil para saber se foi aplicada massa plástica para corrigir imperfeições causadas por batidas. Nesse caso, a mudança do barulho de um ponto para o outro é o sinal de alerta.
Abra o capô
O capô denuncia bastante se houve alguma colisão frontal. Antes de comprar o veículo, abra-o e verifique se há sinais de ferrugem nas soldas. Nas torres, onde ficam presos os amortecedores dianteiros, existe uma solda de fábrica que merece atenção.
Nesta região, o acabamento não costuma ser perfeito, e há um certo “calombo” que, com a pintura do carro, deixa essa junção lisa. Passe o dedo nela e, se notar que o local não está liso, o veículo pode ter sido reformado.
Fique de olho
Faróis e lanternas
É interessante se atentar a esses dois itens. Eles estão com a mesma aparência? Se o carro sofre alguma colisão, o dono geralmente opta por trocar somente o farol ou a lanterna danificada, nunca o par. Nesse caso, ao se olhar de perto, é possível perceber a diferença entre as peças.
Vão do estepe
Colisões traseiras costumam ser mais bem corrigidas pelos funileiros, no entanto o espaço onde fica o estepe, dentro do porta-malas, denuncia o problema. Neste caso, o formato do vão jamais deve estar ou parecer oval, por mínimo que seja. A forma é um círculo perfeito e simétrico.
Marcas de tinta
Outro sinal de batida é a falta de pequenas marcas de tinta, que podem ser vermelha, azul ou amarela. Elas estão presentes em porcas e parafusos quando o carro sai de fábrica. Quando há consertos, os profissionais de funilaria não conseguem reproduzir fielmente isso.