A Yamaha conseguiu uma boa posição no mercado de scooters no Brasil. Sob a liderança do NMax 160 e junto com a pequena Neo 125, a marca abocanha cerca de 36% dos emplacamentos de um segmento que vem crescendo ano a ano e que representa atualmente 7% das vendas de veículos de duas rodas. Especialmente em 2018, o NMax teve um desempenho de vendas acima da média: passou de cerca de 832 exemplares por mês em 2017 para pouco mais de 1.043 unidades mensais, um crescimento de 25%. O rival direto, Honda PCX, vende mais, cerca de 2.500 unidades por mês, mas não conseguiu ampliar as vendas entre 2017 e o ano passado – situação que pode mudar agora que vai receber mudanças.

O NMax apresenta bons argumentos para ganhar a confiança do consumidor. Para começar, oferece quatro anos de garantia – um a mais que a rival. Além disso, tem ainda uma vantagem em relação ao desempenho. Seu motor de 155 cc produz 15,1 cv de potência a 8.000 rpm e 1,5 kgfm de torque a 6.000 giros. Já o PCX tem propulsor com 149,3 cc, 13,2 cv e 1,38 kgfm. Ambos são gerenciados por câmbio CVT.

Na parte mecânica, a Yamaha faz valer a personalidade mais esportiva da marca e equipou o NMax com uma suspensão mais versátil, com medidas bem generosas para um scooter de baixa cilindrada. Ele calça pneus 130/70 na frente e 100/90 atrás, enquanto o curso é de 100 mm nos garfos dianteiros e 90 mm nos amortecedores traseiros. Ainda em busca da esportividade, as rodas têm apenas 13 polegadas, o que dá mais agilidade nas mudanças de direção, embora seja menos indicada para pavimentos irregulares.

 

Modelo se comporta com agilidade na pista

O comportamento do Yamaha NMax não é o típico dos scooters. Apesar de ter as acelerações inicialmente anestesiadas pelo câmbio CVT, ela logo se recupera e ganha velocidade com mais vigor do que se espera de um modelo de 160 cc. E se a pavimentação é de boa qualidade, ela consegue exibir ainda outros dotes, como estabilidade para encarar curvas e mudanças de direção. Além disso, freia com segurança em espaços curtos.

O NMax também se mostra bem confortável. Uma das origens disso é o bom curso da suspensão, que ajuda o sistema suspensivo a filtrar as irregularidades. Outra fonte de conforto é o generoso assento, razoavelmente macio e largo. E como um bom scooter, o modelo da Yamaha também é bem prático no uso cotidiano, com um espaço sob o banco suficiente para um capacete fechado, é leve para manobrar e simples de usar.

Ficha técnica

Motor

A gasolina, quatro tempos, monocilíndrico com quatro válvulas.

Câmbio

Automático do tipo CVT.

Potência máxima

15,1 cv a 8.000 rpm.

Torque máximo

1,5 kgfm a 6.000 rpm.

Suspensão

Dianteira com garfo telescópico e 100 mm de curso. Traseira motor balança com dois amortecedores e 90 mm de curso.

Pneus

130/70 na frente e 100/90 atrás.

Freios

Discos na dianteira e na traseira.

Peso

127 kg.

Tanque do combustível

6,6 L.