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Vigor latente

Nova Honda CBR 1000RR Fireblade ganha esportividade com mais potência e menos peso; modelo traz tecnologias da motovelocidade


Publicado em 06 de dezembro de 2017 | 03:00
 
 
 
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Fabricantes japonesas normalmente investem na tradição. Principalmente quando se trata do mercado de motocicletas. É claro que os modelos ganham mais tecnologias e capacidades dinâmicas com o passar dos anos – até mesmo em função da legislação, para poluírem menos. Mas sem deixar de valorizar a credibilidade já conquistada em linhas clássicas.

Foi isso que a Honda fez ao apresentar no Brasil, no último Salão Duas Rodas, a nova CBR 1000RR Fireblade. A edição é comemorativa dos 25 anos de produção do modelo no mercado mundial e chega com redução de 15 kg em relação ao modelo anterior. A potência subiu 11 cv, o que melhorou em 14% a relação peso/potência.

A moto traz um projeto onde 90% de seus componentes são totalmente novos, com visual mais ousado e jovial. Externamente, as linhas remetem aos modelos de competição da Honda Racing Corporation (HRC). Para reduzir o peso, que agora é de 196 kg – 195 kg na versão SP –, a marca mexeu em itens como parafusos e arruelas, além de pequenas peças plásticas. Na versão SP, escape e tanque de combustível – que comporta 16 L – foram desenvolvidos em titânio, uma aplicação inédita em uma motocicleta de produção e que garantiu a perda de 4,1 kg.

As carenagens ficaram menores, mais justas e também mais compactas, melhorando a refrigeração do motor e garantindo maior entrada de ar nos dutos dos radiadores nas laterais dos faróis e lanternas. Chamam atenção a rabeta elevada e o assento em dois níveis, com altura de 832 mm (834 mm na SP). O pacote tecnológico inclui sistemas como uma unidade de medição de inércia, sistema TCS de controle de tração regulável, novos freios ABS e até um novo sistema de seleção do modo de condução da motocicleta.

Tecnologia

A nova CBR1000RR Fireblade é também a primeira motocicleta com motor quatro cilindros da Honda a sair de fábrica com acelerador eletrônico “Throttle-by-Wire”, desenvolvido com base no sistema utilizado na RC213V-S – a versão street do modelo RC213, utilizado na categoria MotoGP. Sua função é proporcionar maior precisão e sensibilidade nas acelerações, uma vez que todo trabalho fica por conta da ECU e do sensor de posicionamento da manopla do acelerador.

O painel de instrumentos é totalmente digital, em LCD de alta definição, e traz informações como hodômetro total e parcial, consumo médio e instantâneo, velocímetro, tacômetro, luzes de alerta e de avisos. Além disso, o sensor do painel se adapta à luz ambiente, facilitando a visualização em qualquer iluminação. Há cinco modos de pilotagem disponíveis. Os três primeiros estão divididos em Street, para uma pilotagem mais suave e que prioriza o conforto; Winding, que equaliza características esportivas em um nível não tão arisco de condução; e Track, onde toda força e desempenho são disponibilizados a pleno. Para isso, três características básicas são ajustadas: potência do motor, controle do torque e o controle do freio-motor.

Os outros modos ficam para definições pessoais e são totalmente configuráveis pelo piloto. Na versão Fireblade SP ainda é possível configurar a suspensão semiativa da Öhlins em até seis níveis de ajuste.

Seis níveis de ajuste. A versão Fireblade SP tem suspensões exclusivas e diferenciadas, com um conjunto desenvolvido em parceria com a Öhlins. O sistema pode ser ajustado eletronicamente em todos os seus níveis, direto no painel da motocicleta, na personalização dos modos de condução. São seis níveis de ajustes da suspensão, sendo três manuais e outros três automáticos.

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