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Decepcionante.

A campanha da seleção brasileira feminina na Copa América foi pífia.

E nada, nem o fato de ter sido representada por uma equipe sub-23, justifica os resultados abaixo da crítica.

É o típico caso do discurso pronto que contamos sobre nós mesmos.

A tese defendida pelos envolvidos é facilmente derrubada quando a idade da MVP da Copa América, Bianca Cugno, é revelada: 22 anos.

O que falta a boa parte desse grupo é talento mesmo, uma triste constatação.

Há exceções, mas a maioria não domina sequer os fundamentos básicos do esporte.

Foi o que se viu diante da sofrida vitória contra a Venezuela e nas derrotas para Peru e Argentina.

O Brasil só não perdeu set para o Chile, que se jogasse a Superliga B brigaria para não cair.

A CBV errou feio no planejamento.

Os riscos de sediar a Copa América nessas circunstâncias foram absolutamente ignorados pelos responsáveis.

Vergonha perfeitamente evitável.

E o pior, pasmem, não foi a terceira colocação.

O mais grave é constatar gente influente se escorando no fato de Argentina e Peru terem jogado a Copa América com a 'força máxima' para defender o indefensável.

Nesse caso, o iludido não é o enganado, é quem engana.

É aquilo: muitos não fazem por mal, mas não sabem o mal que fazem.