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Em novembro de 2023 a Federação da Itália anunciou a contratação de Julio Velasco.

David Mazzanti foi demitido do cargo após uma série de polêmicas com as principais jogadoras, além de ter fracassado no Pré-Olímpico.

Velasco, tricampeão mundial com a seleção masculina, mudou radicalmente o ambiente e resgatou a confiança perdida. Velasco convenceu Paola Egonu e cia que a Itália precisava delas e que juntas poderiam fazer história.

O que ninguém imaginava é que os resultados aparecessem tão rápido.

A Itália ganhou com sobras a VNL. A consagração final veio em Paris com o ouro inédito para o país. 

O que isso significa dizer?

Bem, que a humildade, respeito e conhecimento de Velasco, aos 72 anos, ganharam o grupo.

O treinador se cercou de ótimos assistentes, com currículo e conhecedores da matéria.

Velasco nunca quis ser a estrela. 

Nas vitórias sempre enalteceu as jogadores. Nas poucas derrotas, assumiu a responsabilidade.

Como deve ser.

O que mais chama atenção no processo é a coragem da Federação de trocar o técnico e mudar o rumo às vésperas da Olimpíada.

Necessidade.

A diferença entre FIPAV e a CBV é que não há acordos políticos ou comprometimentos internos.

E quem manda de verdade é o presidente, diferente do Brasil onde fantoches são comandados, como no vôlei masculino.

Liderança, algo que passa longe da CBV.

Julio Velasco assumiu com carta branca e entregou o ouro

É aquilo: A mudança é assustadora, principalmente para quem está no poder, leia-se, Radamés Lattari.