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Uma farra é sempre bem-vinda.

Conforme o blog antecipou na semana passada, Blumenau é o mais novo integrante do time de caloteiros da Superliga. 

E aí não importa a divisão, seja primeira, segunda ou terceira.

O que conta é não pagar.

Eis que, uma semana depois, pressionada por todos os lados e ameaçada juridicamente, a CBV, Confederação Brasileira de Vôlei, resolve aparecer e se pronunciar sobre o tema.

Atrasada, como sempre.

E nada aconteceria se os casos de calote não tivessem sido detonados pelas próprias jogadoras. 

Segundo consta, a entidade, em nota oficial, confirmou que Blumenau está fora da próxima temporada porque não cumpriu as exigências e o fair play financeiro. 

O clube catarinense não apresentou as documentações exigidas e a inscrição foi indeferida.

O que a CBV fez não foi mais do que obrigação cumprindo exatamente o que a Gestão Caranguejo, liderada por Radamés Lattari, escreveu no regulamento.

A questão porém vai além do cartão vermelho aos caloteiros.

Não existe segurança.

É preciso criar algo que possa proteger e blindar os jogadores envolvidos e passados para trás.

Uma coisa é suspender e excluir os times, outra é receber as quantias devidas.

E sabe-se lá quando os atletas receberão os meses atrasados?

Agora então, depois do martelo batido, tudo indica que a única maneira é através da Justiça.

E nesse caso, como a maioria dos processos no Brasil, à perder de vista

E os empresários?

O que fazem nesse momento?

Por que não são cobrados?

Será que de fato explicam aos respectivos clientes os riscos que correm aos assinarem com essas equipes? 

E os jogadores?

Por que agora não cobram dos mesmos, afinal todos ganham participação felpuda nos contratos.

Ou não?

O verdadeiro problema das pessoas é achar que deve confiar 100% em todo mundo.

Não.

A Comissão de Atletas, criada para defender o interesse dos jogadores, é igual a nada.

Uma piada de mau gosto.

A Comissão é bando de bananas completamente despreparados para a função. 

O episódio envolvendo Blumenau deixa claro que os jogadores continuam à mercê da sorte.

A Superliga é assim: cada um por si, e cada um finge que é por todos.