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A briga na parte de baixo da tabela da Superliga chama atenção na Superliga Feminina.

De certa forma chega a ser mais empolgante que na parte de cima onde não há surpresa 

Por lá, os mineiros, como sempre, estão na frente enquanto Osasco, Bauru, Flamengo e Fluminense vão se engalfinhando no conhecido perde e ganha contra os pequenos.

Por falar neles, Brusque, com uma campanha pífia, já caiu. Aliás, entrou na Superliga, com o devido respeito, rebaixado.

Na batalha contra a degola, a diferença de Barueri, décimo primeiro, para o Mackenzie, sétimo, é de apenas 6 pontos, ou seja, duas simples vitórias.

Isso em tese.

O simples depende do ponto de vista.

Barueri, por exemplo, em 14 jogos venceu 4, mas o Mackenzie ganhou 5.

Está tudo aberto.

Maringá, pelos critérios, corre enorme risco. A equipe caiu de produção, dá sinais de cansaço e dos 5 envolvidos é o que menos venceu somando 3 vitórias e 12 pontos.

A mesma pontuação de Brasília.

A diferença é que o time de Spencer Lee venceu 4 partidas. E mais: está aparentemente inteiro fisicamente e evoluiu taticamente, vide a derrota para o Minas na última rodada.

O Pinheiros deu sinal de vida contra Osasco, mas quando criou expectativa diante do Flamengo decepcionou.

Não vingou.

O tradicional clube paulista está no limite com 11 pontos e flertando com o perigo.

Barueri soma 10 pontos e 4 vitórias.

O cenário é semelhante com o caso de Brasília.

Barueri ganhou corpo e confiança nos últimos jogos. Quase tirou pontos de Osasco e venceu com autoridade o Flamengo no Rio, resultado que dá moral e confiança as meninas comandadas por Wagão.

Seria uma pena ver o projeto de José Roberto Guimarães na segunda divisão.

Os 5 times ainda terão os confrontos diretos, começando na terça-feira quando Brasília e Mackenzie se enfrentam.

Esses jogos terão um peso enorme no destino de cada um deles, mas curiosamente o que pode pesar e resolver o futuro não necessariamente passa pelos cruzamentos.

O pelotão de cima com Praia Clube, Minas, Osasco, Bauru, Fluminense e Flamengo, está no caminho dos pequenos e qualquer ponto conquistado envolvendo essas partidas pode significar a salvação no fim.

No papel a diferença entre grandes e pequenos é enorme, mas Barueri, Pinheiros e até Maringá, pasmem, já mostraram que é possível.

Osasco e Flamengo, duas vezes, foram as vítimas.

É preciso coragem, afinal pensar grande e pensar pequeno dá o mesmo trabalho.

Então, é melhor pensar grande.

E o esporte mostra que ser grande ou pequeno é definido pelo tamanho dos seus sonhos.