O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Vôlei não é futebol.
A diretoria do Fluminense sonhou alto demais.
O blog apurou que a mudança do jogo contra Bauru da Hebraica para o Maracanãzinho foi uma decisão exclusiva dos dirigentes e reprovada pela comissão técnica e jogadoras do clube.
Aliás, as atletas sequer foram ouvidas sobre o tema.
Apenas comunicadas.
O resultado é que o Maracanãzinho ficou grande demais para o tamanho do time do Fluminense.
A opção da direção beneficiou Bauru, acostumado com a dimensão e referência no dia a dia.
Mas não foi apenas a troca de ginásio que determinou a eliminação do Fluminense.
A comissão técnica foi generosa e colaborou muito.
Será que Guilherme Schmitz achou mesmo que trocando Lara, líder e capitã, por Camila Paracatu, resolveria o jogo?
Não foi a primeira vez, mas pode ter sido a última.
E depois ainda tirou Paracatu para a entrada de Dani, complemente assustada com o tamanho da partida.
O que Amanda fez em quadra até o fim? A ponteira, regular em toda a temporada, verdade seja dita, jogou abaixo e não foi substituída.
Massiel Matos, estrangeira, assistiu a despedida dela e do time do banco.
Vanessa não está acostumada com decisão.
Ninguém sabia disso?
A comissão técnica precisa ser reavaliada.
Ariane é aquilo: sempre a maior pontuadora. Os números, afinal recebe mais de 70% das bolas, chamam atenção daqueles que não conhecem o histórico.
A oposta evoluiu, é fato.
Ariane, entretanto, erra e sente a pressão quando o time mais precisa dela, exatamente o que aconteceu diante de Bauru.
Ou não?
Há quem diga que se não fosse a jogadora o Fluminense não teria ido tão longe.
Pode ser.
Mas Ariane é o que mostrou. Uma boa jogadora para as equipes de meio de tabela e que eventualmente funcionaria na inversão nos times grandes.
Isso tudo tratando-se de fase de classificação.
Ponto.
Bauru, liderado por Dani Lins e Léia, saiu do Rio merecidamente com a vaga.
Usou o primeiro set para se ambientar a torcida do futebol e depois naturalmente dominou o adversário.
E com Lorenne em quadra, outro agravante e que pesa contra a comissão técnica do Fluminense.
Não que a oposta tenha feito a diferença.
Óbvio que não.
Bauru venceu pela regular distribuição de Dani, o passe de Léia, bloqueio das centrais e fundamentalmente pelas com Acosta e Kasielly.