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É preciso falar de Pedro Uehara, o Peu.
Ainda que os últimos resultados e conquistas não sejam suficientes para abrir as portas, o registro é fundamental.
Peu engrossa a lista dos técnicos injustiçados no Brasil e vítimas do 'Sistema' liderado por Bernardinho, com a chancela da CBV, Confederação Brasileira de Vôlei.
Ninguém entra e ninguém sai da seleção masculina.
Enquanto isso, nomes como Peu, crescendo e incomodando, vão perdendo a oportunidade e ficam sem chance no mercado político direcionado pelos mais influentes.
A classificação de Suzano para a semifinal da Superliga, derrubando o Minas, é mais um feito do treinador que já alcançou números semelhantes em Itapetininga, eliminando o Sada/Cruzeiro, e Joinville, contra São José.
Curiosamente, nada disso foi capaz dos gestores enxergarem e reconhecerem a capacidade e evolução profissional de Peu.
Suzano não valorizou o técnico.
Normal por lá.
Peu não pensou duas vezes antes de aceitar a proposta do Saint-Nazaire Volley, da França, destino dele na próxima temporada.
E faz muito bem.
O pavoroso jogo de cartas marcadas nos bastidores impede Peu de sonhar com voos mais altos no Brasil.
O máximo que alcançou, ou melhor, permitiram, foi trabalhar como estatístico da seleção sub-23 em 2017.
Peu não é o primeiro e não será a última vítima.
Quantos já ficaram pelo caminho?
E assim caminha o vôlei brasileiro de mãos dadas e fechado para quem não faz parte do 'Sistema'.