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Ganhou quem errou menos: Osasco

Os dois times entregaram tudo em quadra e fizeram o melhor jogo da Superliga. 

Exatamente o que estava no script.

Ninguém esperava nada semelhante ao primeiro atípico capítulo disputado em Belo Horizonte.

Osasco ressurgiu pelas mãos de Tifanny e as alterações cirúrgicas de Luizomar de Moura durante a partida e principalmente no tie-break com Polina na inversão.

Larissa já havia sido lançada com êxito.

O que um enxergou, o outro não percebeu.

E coragem, óbvio.

Quem veio do banco em Osasco marcou no total 20 pontos. O Minas fez 1, com Amanda.

A insistência de Nicola Negro com Glayce, longe de ser uma ponteira definidora e também a responsável pela derrota, custou caro. 

Isso com Pri Daroit e Plak, assistindo de camarote, na reserva.

Por que não jogam?

O Minas, curiosamente, chegou aos 24 pontos primeiro que Osasco nos 4 sets antes do tie-break.

Mas aí faltou tranquilidade, o braço encolheu, os erros pesaram, 36 no total, e claro, mérito de um adversário que se recusou a perder e não se entregou na despedida diante da torcida.

O retrato do primeiro e quarto sets quando o Minas teve a bola do jogo nas mãos.

Nunca, desde que foi contratada, a oposta Tifanny foi tão decisiva. 

Inspiradíssima, assumiu a responsabilidade, normalmente papel de Natália, marcando 28 pontos.

Foi uma semifinal digna e com cara de final.

Arbitragem insegura, VAR decisivo, pressão, instabilidade emocional, sequência de pontos inaceitável e quase 70 erros dos dois lados.

O cenário indicava o Minas na decisão derrubando Osasco novamente, pela terceira vez consecutiva por 2 a 0 na série.

Mas oportunidade não se desperdiça. Se aproveita.

Osasco, que estava nas cordas, sai fortalecido.

O Minas tem como dever de casa priorizar o emocional, arrumar a segunda ponteira e assumir a responsabilidade, leia-se, favoritismo. 

O fator casa, até agora, tem prevalecido na série.

Mas é bom evitar prognósticos.

No caso de Minas e Osasco, a melhor previsão do futuro é observar o passado.