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O mérito é intransferível.

Bauru saiu de quinto colocado na fase de classificação para ser finalista. 

Algo raríssimo.

Duas surpreendentes vitórias com autoridade contra o favorito e tradicional Praia Clube, campeão Sul-Americano.

Pela primeira vez na história, desde 2015, Bauru alcança a final da Superliga.

O segundo jogo foi mais tranquilo que o primeiro disputado semana passada em Uberlândia. Dois sets controlados e dominados e o terceiro superando a ansiedade, verdadeiro adversário na hora de fechar.

Bauru, liderado por Dani Lins, jogou como time grande.

O time não sentiu o peso de decidir, responder em casa e confirmar a classificação.

A comemoração em quadra, para muitos exagerada, é plenamente justificável. 

Bauru nunca viveu momento semelhante em 10 anos de vida.

Mas e agora?

Independentemente do adversário, Bauru continuará exercendo o papel de franco-atirador.

Esse é o lado bom.

A questão passa pelo emocional.

A temporada registra dos vices: estadual e Copa Brasil, e para o mesmo Osasco, ainda no caminho.

Os otimistas dirão que Bauru está 100% porque disputou todas as finais sob comando de Henrique Modenesi.

Verdade.

Os mais cautelosos afirmarão que esses 100% na verdade são mentirosos porque Bauru perdeu ambas as decisões, portanto o aproveitamento é 0%.

Outra verdade.

A maior delas é que Bauru tem nas mãos finalmente a chance de virar time grande.

Para tanto, basta ser campeão da Superliga. Caso contrário os 100% confirmarão o zero.

Afinal, esse time está pronto para fazer história?