O vôlei com conhecimento e independência jornalística
Bauru superou todas as expectativas.
Foi além do que a maioria, e talvez algumas das envolvidas, esperava.
O tri-vice após a derrota na final da Superliga é doloroso, mas não apaga a melhor temporada na elite.
Um dos responsáveis foi Henrique Modenesi que mudou a mentalidade do time.
O técnico foi uma grata surpresa.
Há muito tempo não se via em quadra uma equipe organizada taticamente, bloqueio pesado, inteiro fisicamente e corajoso.
Ponto para os dirigentes que acertaram na escolha.
O mesmo não dá para dizer das peças contratadas, como Lorenne, por exemplo.
Mas o dedo do treinador corrigiu o erro.
Henrique percebeu de cara em Bauru o que muitos companheiros de profissão demoraram a enxergar.
A evolução de Bruna Moraes, que deixou Lorenne no banco, foi mérito do técnico que acreditou e confiou no potencial da oposta.
Mayany, conhecida por sumir nos playoffs, respondeu e fez uma Superliga bem honesta.
Kasiely, com seu equilíbrio e talento, foi fundamental no esquema de jogo.
O que talvez tenha faltado ao time de Bauru foi mais uma ponteira de definição, embora Acosta tenha ido bem na decisão, e banco.
Henrique não tinha banco, algo que sobrou em Osasco.
Fato.
Por fim, duas veteranas foram a cara de Bauru na temporada e mereciam por tudo que construiram um final feliz: Dani Lins e Leia.
As duas contagiaram o elenco, torcida, patrocinadores e sustentaram o sonho até a última bola da Superliga.
Inspiração.
Dani Lins e Leia são acima da média.
Exemplo de comprometimento e respeito ao projeto, dentro e fora de quadra.
São dois nomes essenciais para a sequência do trabalho de Henrique Modenesi.
Sob comando dele, se mantiver o padrão apresentado, e fundamentalmente delas, Bauru deu mais um passo para virar grande.