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O maior peso na vida é você carregar a bagagem dos outros nas costas.
E a força.
Foi basicamente o que aconteceu na seleção brasileira com Fernando Cachopa no passado.
Nem é preciso entrar em detalhes.
O levantador, não é de hoje, pede passagem. Mas o Senado não permitia Cachopa sair da posição.
No ciclo passado o jogador cansou de entrar na podre, mudou alguns jogos, a sensação em diversos momentos era que ganharia espaço, mas a sombra era grande.
O final do filme todo mundo conhece.
Cachopa viu do banco o Brasil naufragar por onde passou.
A ameaça da aposentadoria dos envolvidos, sim porque ninguém pode cravar, deixou o caminho livre para o jogador.
O levantador finalmente assumiu a posição de titular.
Leve e sem o peso no banco ou nos treinos, começa a mostra sua verdadeira identidade, apresentada apenas na Itália.
Cachopa entende liderança de outra forma. Não é de estardalhaço ou caras e bocas.
Faz o time jogar com naturalidade, sem pressão.
O tempo em quadra será fundamental para enxergar melhor e minimizar os erros ou opções precipitadas.
Cachopa sabe que quando o Brasil ganhar, não terá feito mais do que obrigação.
Mas quando perder, o passado, recheado de viúvas, voltara à tona.
O levantador, ganhando personalidade, será obrigado a conviver com a situação.
O conselho para Fernando Cachopa é simples: não se acostume a viver nas sombras dos outros, isso é muito complicado.
Tente plantar a sua própria sombra, para não viver à custa dos outros.