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O que mudou entre julho e agosto?
Rigorosamente nada.
Aliás, o que mudou desde 2024?
Nada.
O Campeonato Mundial que começa na sexta-feira na Tailândia terá exatamente o mesmo cenário da VNL, recém-encerrada.
A Itália, de Julio Velasco, é a seleção a ser batida.
São 29 vitórias consecutivas passando pelo bicampeonato da VNL e a medalha de Ouro na Olimpíada de Paris.
A última derrota em competições oficiais foi em 2024.
Os números são assustadores e impressionantes. Uma supremacia incontestável e que será novamente colocada à prova na Tailândia.
Julio Velasco recuperou a autoestima de um grupo acima da média tecnicamente, com duas opostas incríveis, melhor líbero e levantadora do mundo e que não perde o apetite.
A chegada dele mudou completamente a identidade de um grupo recheado de conflitos internos entre as jogadoras e a antiga comissão técnica.
Uma questão de gestão.
O técnico não muda a filosofia desde que assumiu a seleção em novembro de 2023.
A Itália, independentemente da competição, joga sempre força máxima em quadra.
A linguagem dele é simples: dizer não à convocação é arriscar o futuro.
A ausência no Mundial será Alice Degradi, lesionada.
Nervini correspondeu na VNL e Velasco apostará em Loveth Omoruyi como opção.
No meio o treinador mudou a relação por questões técnicas trazendo Sartori e Akrari. Mas as eficientes Danesi e Fahr seguem intocáveis e titulares com sobras.
Na primeira fase a Itália terá Cuba, Bélgica e Eslováquia como adversárias.
Sem sustos.
Avançando em primeiro, como manda a lógica, cruzará nas oitavas com Polônia ou Alemanha.
E onde o Brasil surge nesse cenário?
A Itália só aparece no caminho da seleção brasileira numa eventual semifinal de Mundial, obviamente se sobreviverem até lá.
O Brasil nunca foi campeão.
A Sérvia é a atual bicampeã do mundo.
A Itália amarga jejum de 23 anos. A única conquista foi em 2002.
O tabu estará em jogo.
O desafio de Brasil, Japão, China, Sérvia, Estados Unidos, Polônia e Turquia é o mesmo.
O Mundial da Tailândia terá Itália x Resto do Mundo.