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O óbvio não existe. O óbvio deve ser explicado.
Bernardinho e a comissão técnica enxergaram na recém-encerrada VNL o que todo mundo viu.
A medalha de bronze não escondeu a principal deficiência do Brasil na competição.
Se sobram opostos, faltam ponteiros.
E como diz o ditado, quantidade não é qualidade.
Nunca será.
E quantidade sem qualidade é problema.
Bernardinho chamou 6 jogadores para a posição, as mesmas caras que não resolveram na VNL: Lucarelli, Lukas, Honorato, Adriano, Arthur Bento e Maicon.
A tendência é que um deles, e Maicon é o favorito, não chegue até as Filipinas.
Fato é que a posição foi o maior problema do Brasil na VNL.
A ineficiência fez Bernardinho usar todos os jogadores e a seleção encerrou a VNL sem saber os titulares.
Nem o técnico.
A má forma física de Lucarelli, teoricamente intocável, aumenta o drama.
Honorato evoluiu, mas não ainda não está pronto quando o assunto é final ou jogo eliminatório.
Vide Polônia.
Lukas é o mais regular entre todos. Jogador com personalidade e coragem.
Adriano e Bento estão basicamente no mesmo pacote: incógnitas com a camisa do Brasil.
O peso é diferente e os dois se enquadram perfeitamente na conhecida relação clube x seleção.
Maicon, quase sem oportunidade, não pode ser avaliado.
Segundo o blog apurou com gente ligada à comissão, a versatilidade de Honorato e a ótima fase de Maique pesaram na ausência do líbero Alê.
Faz sentido.
Se a maioria terá dois líberos no mundial, o Brasil terá apenas 1 ou provavelmente 1.
Em caso de lesão, Honorato poderia exercer a função e ainda assim o Brasil teria 'sobra' na posição.
Esse parece ser a linha da comissão técnica.
Por mais óbvio que seja, o óbvio sempre precisa ser dito.
É aquilo: o perceptível é sempre visível.