São nove vitórias consecutivas. Nessa sequência, foram 21 gols marcados a apenas um sofrido. Jogamos muito bem com dois atacantes ou com três, no Mineiro e na Copa do Brasil, com ou sem Hulk. O início de 2025 é, sim, muito animador.
“Não jogou contra ninguém ainda”, dirão aqueles mais céticos. Eles estão certos, já que o Campeonato Mineiro é torneio de um time só há seis anos. Acontece que todos os grandes clubes brasileiros estão disputando estaduais (e no máximo fases iniciais de outras competições), e ninguém tem o aproveitamento do Galo neste início de 2025. E não são números mentirosos, são números acompanhados de um futebol eficiente e vistoso.
Cuca rapidamente encaixou nosso sistema defensivo, que começa nos atacantes e tem como grande destaque o “perde-pressiona” no setor ofensivo e intermediário. Arana voltou a ser aquele que a gente conhece bem, e a outra lateral tem Natanael em nível altíssimo. A meiuca está azeitadinha, e o ataque tem apresentado boas variáveis (mesmo na ausência de Hulk, o que é difícil). São ótimos insumos pra acreditar em um grande ano.
Concordo com todos que dizem que o elenco ainda precisa se provar em competições mais difíceis. O próprio treinador sabe disso e mencionou na última coletiva. É impossível, em março, cravar que esse time vai jogar bem até dezembro e conquistar títulos. O tempo dirá. O meu ponto neste texto é que é mais impossível ainda pedir que o torcedor não se empolgue neste momento.
A ilusão (no sentido de acreditar que o melhor vai acontecer com o clube que você torce) é ingrediente básico da arte de torcer. Que chato seria se a vida do torcedor fosse totalmente racional, como defendem alguns. Torcer é se empolgar, acreditar, sonhar. E, se der errado, é também sofrer, lamentar, se decepcionar. Torcedor de futebol e racionalidade excessiva não combinam. E quando a fase é boa, como agora, faz bem a gente deixar o lado iludido tomar conta.
O jornalista vai estar aqui, ao longo da temporada, analisando vitórias e derrotas, alegrias e frustrações, da forma mais técnica possível. Vivo disso. O torcedor, neste momento, só consegue pensar: “Tô nem aí, vamos ganhar tudo”. Vai que ele acerta? Tomara.
Saudações.