Em ritmo de treino, o Atlético goleou o Deportes Iquique por 4 a 0, no Mineirão, e assumiu a liderança do Grupo H da Sul-Americana. Deu a lógica. Por mim, inclusive, Cuca poderia ter preservado ao menos parte dos titulares. Não faz sentido, ao meu ver, expor os principais jogadores (de um elenco curto) num jogo contra um adversário tão fraco. Mas isso é o menor dos problemas - goleamos e vamos dormir em paz.

Se hoje vou dormir tranquilo, ontem fui dormir preocupado. O Galo atrasou o pagamento do salário dos jogadores, que foram colocados em dia nessa quinta, depois do prazo. Que me desculpem aqueles que relativizam o atraso com argumentos como “foram só alguns dias”, mas pra mim é inadmissível.

O argumento mais sólido das SAFs é a profissionalização. É justamente a promessa de deixar pra trás todos aqueles sintomas já rotineiros do futebol associativo. Atraso salarial é um deles. Não vou relativizar. É gravíssimo e não poderia acontecer, de forma alguma, nem por um dia.

Que bom que foi um pequeno atraso e que já está resolvido, mas é grave e dá força àqueles que se perguntam, diariamente, qual foi o grande benefício para o Atlético, até aqui, de ter virado SAF. É um questionamento plausível.

Voltando ao jogo, não há muito o que analisar tamanha a diferença técnica. O Deportes Iquique brigaria contra o rebaixamento no Mineiro, por exemplo. O Galo fez o que deveria fazer, construiu uma vantagem confortável e venceu sem nenhum sofrimento. Depois da vantagem construída, esperei que Cuca desse oportunidade pra jogadores pouco usados (Vera, Patrick, João Marcelo, etc), mas as substituições foram mais convencionais.

Além dos três pontos, o jogo foi útil também pra retomada de confiança. Rony voltou a marcar, Natanael fez seu primeiro gol pelo Galo (e deu assistência), Scarpa mandou a zica embora, e Hulk se aproximou do gol 500 na carreira (um monstro!). Tomara que as boas energias sejam mantidas pra domingo, quando precisamos demais da vitória contra o… Vitória.

Saudações.