Dois pontos em nove disputados. É um início de Brasileirão terrível para o Atlético. Se contra Grêmio e São Paulo o atleticano pôde culpar as grandes atuações de Volpi e Rafael pelos maus resultados, o goleiro Lucas Arcanjo, do Vitória, não precisou fazer milagres pra que o time dele pontuasse contra o Galo em pleno Mineirão.
A verdade é que o empate veio na pura transpiração, no famoso “abafa”. Inspiração, qualidade, anda em falta. O time é bem treinado, se posiciona bem, tem volume e jogadas trabalhadas, mas depende muito dos poucos diferentes que tem. Se o Scarpa está bem marcado e Hulk está num dia ruim, a chance de o Atlético vencer é muito pequena. E foi o que aconteceu nesse domingo, no empate por 2 a 2 com o Vitória.
O time titular tem muito jogador nota 6. Sabe aquele cara que é útil, tem o seu valor, mas não vai entregar grandes atuações com regularidade? O Galo está cheio deles, e nem preciso citar. Vocês sabem quem são. No Atlético, jogadores comuns são titulares absolutos. Por quê? Porque no banco não tem ninguém que ameace a posição.
O elenco, quando completo, é curto e limitado. Quando os desfalques começam a aparecer, aí só piora. É o que estamos vivendo agora.
O Atlético pegou um Grêmio em crise, um São Paulo todo desfalcado e o Vitória (até então lanterna). Não conseguiu ganhar de nenhum deles. Agora tem o Santos, na Vila, e na sequência o Botafogo. Jogos consideravelmente mais difíceis. Já podemos ligar o alerta.
Outra nota incômoda do domingo foi a presença de público baixo no Mineirão (pouco mais de 23 mil pessoas). O horário era péssimo, eu sei, mas houve promoção de ingressos e eu, particularmente, esperava muito mais. No fundo, a explicação é o desânimo do torcedor. E os responsáveis pelo desânimo são aqueles que insistem que o Galo tem um elenco pra brigar por títulos, mesmo quando todo mundo enxerga o contrário.
Que venha o Santos. Seja o que Deus quiser.
Saudações.