O Atlético venceu o xará de Bucaramanga, na noite dessa quinta-feira, e saiu na frente dos colombianos na disputa por uma vaga nas oitavas de final da Copa Sul-Americana. O resultado? Excelente. O desempenho? Preocupante. Como tem sido, aliás, em grande parte do nosso 2025.
O primeiro tempo do Galo foi, ao meu ver, o pior do time na temporada. Horrível. Um time espaçado, sem criatividade, errando demais, criando de menos e com um buraco gigantesco no meio-campo. Se não fosse Everson em (mais uma) noite inspirada, sairíamos perdendo.
No segundo tempo, por incrível que pareça, o time melhorou após a expulsão infantil de Alan Franco. Com ele, nossas opções pro meio-campo defensivas já são extremamente restritas. Sem ele, Cuca teve que improvisar. Iván Román entrou pra jogar por ali, e até Rômulo foi usado na função. Melhoramos, mesmo no 11 contra 10 a favor dos caras. Destaque pro garoto chileno, que vai bem na “volância”. Pode ser útil mais vezes por ali (mas precisamos, urgentemente, de reforços na posição).
Numa rara jogada lúcida de contra-ataque, Hulk serviu Igor Gomes, que teve mais uma boa atuação saindo do banco. O meia colocou na frente, ganhou a disputa física com o defensor do Bucaramanga e sofreu um pênalti claríssimo. Hulk bateu e converteu. Cuca fechou a casinha no fim (o Galo terminou a partida com cinco zagueiros em campo, apesar de ter dois deles fazendo funções de meio-campistas). Deu certo. Vencemos.
O futebol apresentado está longe de agradar. Pelo contrário. Em mim, causa preocupação. De toda forma, é justo que celebremos o bom resultado. É uma vitória fora de casa num mata-mata. Nosso caminho na Sula é longo e, tomara, está só começando. Se temos alguma chance de conquista no ano, é ali.
Iniciar a fase eliminatória com uma vitória é um bom presságio. Mas é fato: se quisermos ir longe na competição, mesmo considerando a média de qualidade dos adversários, que não é tão alta, precisamos jogar bem mais bola. De bonito, na Colômbia, só o placar.
Saudações.