Após o clássico contra o América-MG, Gabigol utilizou suas redes sociais para expressar todo o seu carinho a Dudu, seu novo companheiro de ataque. "Craque, craque, craque", publicou o atacante acompanhado de uma foto onde aparece abraçando o camisa 7 celeste. A cada partida, especialmente após a saída de Fernando Diniz, é perceptível o crescimento de Dudu e quanto o jogador pode ser essencial para o Cruzeiro nesta temporada.
Ele ainda não atingiu seu melhor condicionamento e é muito difícil também que chegue no prime que vimos há algumas temporadas no Palmeiras. Mas Dudu atuando, digamos, próximo de 60%, já é um jogador extremamente perigoso e com um QI de futebol superior a muitos nomes em atividade no futebol nacional.
Eu, desde que me forjei como um fã de esporte, admirando não apenas o futebol, mas diversas modalidades, sou extremamente admirador de uma volta por cima, o famoso "comeback" como dizem os estadunidenses em suas ligas estelares. E Dudu pode ser este atleta no elenco cruzeirense. Potencial para escrever esta página de superação pessoal ele tem de sobra.
E há também uma história, ao meu ver, bastante clara, de muitos que não o valorizaram mais como deveriam, ou que fizeram pouco de caso de um atleta que dominou o cenário nacional por praticamente sete ou oito anos. Ninguém torna-se ídolo de um clube como o Palmeiras por acaso. E ninguém esquece os caminhos que o conduziram a tal condição.
Tive a oportunidade de ver o clássico contra o América direto do Independência, e foi bastante positivo acompanhar quanto Dudu vem se soltando em campo, atuando pelas beiradas e buscando o combate. Ele foi a principal arma do Cruzeiro, fluindo o jogo pelo lado esquerdo, durante praticamente todo o tempo que esteve em campo.
Obviamente, seu processo de readaptação ao ritmo de jogo, exercendo a condição de titular, é ainda gradual. Ele vai errar algumas bolas, pecar em alguns passes, mas não há omissão ali. Um jogador agudo e ligado.
Com Leonardo Jardim, seu futebol pode ganhar ainda mais destaque, especialmente pela preferência do português de atuar bastante com pontas agressivos e as subidas dos laterais. É esperar pra ver como será esta evolução de Dudu e a recuperação, jogo após jogo, de sua qualidade, notoriamente reconhecida. Uma lesão séria como a sofrida pelo atacante muda para sempre uma trajetória, mas isso nunca vai significar um ponto final. É a oportunidade de crescer internamente, profissionalmente e especialmente incorporar em seu jogo novas características.
É a jornada, digamos, de redenção do Baixola. Uma história bastante interessante de se acompanhar neste 2025 celeste.