Marcelo Aro

Baixando a régua das campanhas

O que mais movimentou as rodas da política na semana passada foi o dossiê de ocorrências policiais envolvendo o nome de futuro candidato a senador

Por Luiz Tito
Publicado em 30 de julho de 2022 | 04:00
 
 
 
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Atitudes pouco adequadas à prática política encontram nas redes sociais o espaço comum para serem divulgadas, fazendo renascer fatos vivenciados sempre de forma desagradável para os que neles estiveram envolvidos. Desses, o que mais movimentou as rodas da política na semana passada foi o dossiê de ocorrências policiais envolvendo o nome de futuro candidato a senador por Minas, o deputado Marcelo Aro. São fatos de relativa importância, alguns mais preocupantes, como, por exemplo, a agressão à sua ex-namorada, filha de uma conhecida família da capital, e outras infrações, como desobediência à autoridade de policiais militares de baixa patente, o que não dispensa ninguém do respeito ao importante trabalho que desenvolvem. Cenas como “eu vou ligar para o comandante da PMMG para que o senhor (um cabo da corporação) saiba com quem está falando”. Outra passagem interessante (são dezenas de ocorrências policiais), no relatório que fez o comandante da viatura, diz: “E nesse momento foi dada voz de prisão para o sr. José Guilherme e seu filho, Marcelo Guilherme, por terem ambos mandado esses militares calarem a boca. E entraram para sua casa, trancaram a porta e gritaram: ‘Não seremos presos. Saiam da porta da minha casa. Quem são vocês para prenderem um parlamentar?’”. E aí vem o interessante, narrado pelos policiais: “E após mais de uma hora e meia de parlamentação e na presença de seus advogados, os autores resolveram sair de sua residência para serem conduzidos à presença da autoridade policial”. Com tanto para fazer, com tanto crime para coibir ou evitar, várias viaturas são obrigadas a se mobilizarem numa ocorrência idiota, de desrespeito, desobediência, perturbação do sossego da vizinhança, num bate-boca sem razão para acontecer. Bastaria abaixarem o som da banda que estava tocando na residência, além do volume e fora de hora. Muito mais grave, imperdoável, por exemplo, é bater na namorada com socos e pontapés. Aí não. Sobretudo porque seu principal apoiador, o governador Zema, quer melhorar sua presença no eleitorado feminino

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