Pressão

Consignados II

O que mais acontece nessas relações é que, de posse dos dados dos aposentados, os bancos montam infindáveis procedimentos de pressão aos titulares dos benefícios

Por Luiz Tito
Publicado em 05 de outubro de 2022 | 04:13
 
 
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“É evidente o sofrimento, a angústia e a agonia da autora, bem como o seu abalo psíquico e psicológico, ao se dar conta dos desfalques sofridos em seu benefício previdenciário, fonte de sua subsistência, além de se ver obrigada a ajuizar a presente ação”, disse o juiz Luiz Fernando Cardinale na sua decisão. O que mais acontece nessas relações é que, de posse dos dados dos servidores aposentados, os bancos montam infindáveis procedimentos de pressão aos titulares dos benefícios. Depois de entrarem nessa arapuca, as parcelas passam a ser descontadas sem meio de serem paralisadas; o tomador dos empréstimos nunca sabe com quem está negociando, por quanto tempo, e as parcelas mensais lhe são retidas de seus vencimentos, sem apelo, antes de ser creditado seu vencimento na sua conta bancária. E o pior: o devedor nunca consegue rediscutir com os bancos os contratos feitos via telemarketing; quem o atende sempre são gravações com infindáveis opções, menos a que destina o inconformado devedor a quem possa lhe dar alguma explicação. Quase um esbulho.

 

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