Lamentável, mas é verdade: a Copasa esqueceu a parcela mais importante e populosa de Nova Lima que é o Jardim Canadá. Há anos que essa região espera a conclusão de uma estação de tratamento de esgotos mal calculada na sua capacidade de operação e que obriga que grande parte de seu esgoto seja despejado no Ribeirão dos Fechos, junto com a lama das mineradoras. Juntas, a ETE ineficaz e as mineradoras ajudam a comprometer, sem qualquer sanção dos órgãos de fiscalização sanitária, que pessoas usem esse Ribeirão sem conhecimento de que estão se banhando e eventualmente ingerindo água imunda e contaminada por esgotos. É fácil assim a Copasa gerar grandes lucros, especialmente quando ela cobra taxa de tratamento de esgotos onde ele não ocorre. Senhores promotores e procuradores do MPMG: que nome se pode dar a essa prática, a de infestar com rejeitos de mineração e esgotos um córrego de água limpa? E, ainda, cobrar taxa de esgoto sem executá-lo?