O Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais, Jarbas Soares determinou que fossem remetidos ao promotor Leonardo Barbabela, da 17ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público de Belo Horizonte, o relatório da polêmica CPI da BHTrans, que concluiu na Câmara Municipal sobre irregularidades no processo de licitação da concessão do transporte coletivo realizada em 2008 e sobre a antecipação às mesmas concessionárias, pela Prefeitura da capital, de mais de R$ 200 milhões utilizados na compra de vales-transporte. Alegaram as empresas, com o que na época concordou a administração municipal, que o setor vivia dificuldades financeiras decorrentes da pandemia do Covid. As conclusões da CPI, presidida pelo vereador Gabriel Azevedo, se firmaram em sentido oposto, denunciando o que ele chama de “um cartel, com empresas agindo em conluio”. A CPI andou rápido. Agora o que se espera é que o Ministério Público aja com celeridade, porque quem paga a passagem é o usuário de baixo poder aquisitivo. E mais grave ainda, o transporte coletivo de passageiros no Brasil, sobretudo o urbano, é de baixíssima qualidade.