Hospitais da rede pública do Estado de Minas Gerais, vinculados a Fhemig, podem estar impedidos de prestar assistência por falta de médicos, especialmente de anestesistas. O pronto-socorro João XXIII, um dos maiores centros de trauma da América Latina, se não for o maior, tem operado com apenas dois anestesistas no plantão. Todos os períodos de fim de ano são marcados pelo excesso de acidentes e outros atendimentos de urgência. Esse quadro é vergonhoso sob todos os aspectos, sobretudo para um governo que alardeia eficiência da sua gestão. Se morrerem pessoas por falta de assistência é no mínimo razoável que o Ministério Público e o Conselho Regional de Medicina busquem a responsabilização daqueles que deveriam ter tomado providências para a adequada e necessária contratação de pessoal. O Governo está, ao que parece, empenhado em que fique clara sua incapacidade em gerir a saúde pública para, assim, entregá-la à iniciativa privada.