Flagrante desespero

Julia Kubitschek em pânico

Bateu no teto o pânico das chefias médicas do Hospital quanto ao descaso dos responsáveis pela saúde em Minas Gerais

Por Luiz Tito
Publicado em 08 de novembro de 2022 | 04:00
 
 
 
normal

Bateu no teto o pânico das chefias médicas do Hospital Julia Kubitschek quanto ao descaso dos responsáveis pela saúde em Minas Gerais, especialmente da Secretaria de Estado da Saúde e da Fhemig. Na semana que passou, uma médica que respondia por uma diretoria do Hospital comunicou formalmente ao Conselho Regional de Medicina “a falta de médico para a porta de urgência no HJK”. “No dia 5/11, não tem nenhum plantonista (no) dia e temos um plantonista (na) noite. No dia 6/11, à noite, teremos somente um plantonista. Na anestesia, apesar de duas portas de urgência, pois o HJK tem a maternidade de alto risco, além da EU, teremos um anestesista nos dias 5 e 6/11, 24 horas. A fragilidade da escala de clínico e de anestesia do HJK hoje, a meu ver, inviabiliza o funcionamento da EU nos moldes atuais, como já comunicado ao CRM-MG na última sexta”. Essa é uma parte do texto do comunicado de um profissional médico, em flagrante desespero diante da realidade que vive uma unidade hospitalar com as responsabilidades e importância para a região metropolitana de Belo Horizonte, como a que tem o Julia Kubitschek. O relatório com todas suas denúncias está nas mãos do Conselho Regional de Medicina de Minas Gerais. Médicos, enfermeiros e demais profissionais do HJK esperam pelas providências que deverão tomar o Estado, o Ministério Público MG – Saúde e a própria Assembleia Legislativa, que não podem se omitir diante de um assunto de tamanha gravidade, inclusive com o risco de que pessoas possam morrer por falta de cuidados de urgência que poderiam ser evitados.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!