Socioeducativo

Deputados da oposição na Assembleia Legislativa começaram a organizar informações para subsidiar pedido de investigações do sistema socioeducativo que é o complexo de unidades para onde são encaminhados os menores infratores. A primeira dessas unidades, o Centro Santa Terezinha, um dos poucos que Minas Gerais tem e que há tempos deixou de ser uma referência de trabalho e de resultados, dada o absoluto abandono em que se acha, será o primeiro a ser abordado. Há mais de cinco anos que esse centro, instalado em um anexo da antiga penitenciária feminina Estevão Pinto, recebeu e desrespeita uma determinação do Poder Judiciário para que fossem saneados problemas que comprometem os objetivos do centro e os resultados da política de ressocialização do menor infrator. Em uma matéria recentemente veiculada pelo jornal O TEMPO, um responsável por essa política chegou a dizer que “Minas Gerais teria a primeira unidade socioeducativa rentável”. É assustador que se persiga um modelo que tornará a recuperação de menores infratores um negócio lucrativo. Aliás, se há negócios nisso tudo, e os deputados vão investigar, esses estão nas PPPs geradas pela sina privatista do Partido Novo. Se a ALMG e o Ministério Público de MG não se diligenciarem nesse sentido, nada acontecerá para melhorar essa catástrofe administrativa e social.