Do amigo, jornalista e “urbanista acidental”, José Aparecido Ribeiro, sempre corajoso e pertinente, no prolífico, prolixo e informativo grupo de WhatsApp, “Confraria Mineira do Turismo e Cultura”, capitaneado pelo não menos corajoso e competente secretário de Estado de Cultura e Turismo – Secult/MG, Leônidas Oliveira, que faz muito, mas sozinho, ainda não opera milagres: “Estive em Ouro Preto com um colega de Brasília. De novo, sentimento de preocupação e vergonha”.

Querelas de Minas

“Um alerta construtivo ao secretário Leônidas e ao prefeito Ângelo Oswaldo. Todo o brilhante trabalho da Secult/MG e da prefeitura na divulgação do destino não condiz com a realidade. Com raras exceções, a conservação das igrejas está deprimente. Não há manutenção. Museu da Inconfidência está fechado, apesar da velha imprensa divulgar que está aberto”.

Querelas do Belo

“O assédio dos guias cresceu e incomoda. Confusão no trânsito. Está igual ao de BH, que parece uma cidade sem prefeito. O excesso de veículos prejudica o piso das principais vias, deformando as pedras que não suportam o volume de tráfego. Assunto difícil, que exige decisões acertadas sobre a circulação no centro histórico”.

Cláudia Verçoza, beleza que não precisa de manutenção. Foto: Edy Fernandes/Divulgação

Querelas do Ouro

“Pergunto: o que tem feito IPHAN e Governo Federal para conservar o patrimônio que está degradado, feio e abandonado? Nada! Os ingressos de R$20 não são para manutenção? Uma sexta-feira normal, a maioria das igrejas fechadas e os turistas nas portas fotografando o completo abandono”. Importante: o Governo de Minas deu R$ 28 milhões para restaurar o Palácio dos Governadores e o Cine-Teatro Vila Rica, além de repassar o ICMS.

Querelas quilométricas

“BR-356 entupida de carros e caminhões carregados de minério, provocando medo, sem conservação e com sinalização precária. Não é mais possível, nessa rodovia, pista simples. O volume de tráfego é incompatível. Quebra-molas desnecessários provocando filas quilométricas”.

Querelas sem fim

“Posto da PMMG fechado na Serra de Itabirito, que lembrou os tambores amarelos antes da construção da Linha Verde, inutilmente, atrapalhando o tráfego e mostrando nossa pequenez. Ouro Preto e BH, cidades mortas. Não adianta o esforço do Governo e as palmas dos entusiastas, se a realidade é contrária à propaganda”.

Renata Riedel, beleza que é um monumento turístico. Foto: Edy Fernandes/Divulgação

Querelas de casa

“Mais uma vez, convido a turma do ‘deixa disso’ para visitar e tirar as próprias conclusões. Vale para Ouro Preto e BH: Pampulha; entorno da Igrejinha; acessos ao aeroporto, sinônimos de feiura, incluído o piso da Linha Verde, uma colcha de retalhos feita com tecidos diferentes, disforme”.

Querelas urgentes

“Os canteiros centrais, da Av. Cristiano Machado, são patéticos, horríveis; falta de padronização, aridez e descompromisso estético. O entorno do Mercado Central; Av. Amazonas e região da Rodoviária, cenários de guerra. Observações construtivas por quem está no Turismo há 40 anos e enxerga os esforços para divulgar Minas. Mas assim, estamos enxugando gelo e fazendo propaganda enganosa”.

Lança-Perfume

“Nosso papel, como jornalistas, é de denunciar, mas todos nós fazemos parte dos esforços de elevar o Turismo de Minas”.

“Sempre existe tempo para corrigir e melhorar o que está errado. Fica a dica”. E o texto de Ribeiro puxou outros comentários no grupo.

“Quanto a Ouro Preto, a guarda municipal ignora demandas de segurança de tráfego e de transeuntes, fecha as ruas quando é do jeito que quer”.

“Prefeitura não responde e-mail, não aceita dialogar, impõe decretos quanto a regulação de veículos de turismo de fora, mas não cuida bem dos que são da cidade”.

“Eventos na Praça Tiradentes, sem qualquer divulgação e relacionamento prévio com o ‘trade’ de fora”.

“Moradores e lojas que vivem como se só a mineração existisse e se ela fosse eterna”.

“Atrações que nos colocam pra fora porque o padre não quer pagar hora extra aos colaboradores”. E tem muito mais!