PAULO NAVARRO

Ecos municipais

Redação O Tempo


Publicado em 16 de junho de 2018 | 03:00
 
 
 
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Julvan Lacerda tem 38 anos, é prefeito de Moema e o mais jovem gestor a ocupar a presidência da Associação Mineira de Municípios (AMM). Pelo reconhecimento ao seu trabalho, os prefeitos mineiros o elegeram 1º vice-presidente da Confederação Nacional de Municípios (CNM). Ele, que gosta de cachoeira e de andar de moto, vai comandar, nos dias 19 e 20 de junho, o maior congresso municipalista do país, quepela primeira vez será no Estádio Mineirão, reunindo cerca de 10 mil pessoas.

Onde o senhor nasceu?

Na verdade, minha mãe foi até um município vizinho, Lagoa da Prata, só para eu nascer, pois em Moema não tinha hospital. Ela foi e voltou comigo no mesmo dia.

E sua infância, como foi?

Tive uma infância maravilhosa. Na época, não tinha muros entre as casas, então todas as casas eram de todos. As ruas não tinham asfalto. Fomos criados pegando piaba no ribeirão e nos sujando de lama pelas ruas. Já com 12 anos, comecei, junto com um dos meus irmãos, a criar codornas e a vender os ovos nas vendas e casas de Moema. Foi meu primeiro trabalho.

E a adolescência?

Comecei a trabalhar na prefeitura, onde fui desde motorista de caminhão de lixo a prefeito, hoje no segundo mandato. Aprendi a servir ao povo da minha cidade. Casei-me aos 20 anos com Sheila, com quem tenho quatro filhos: Moema, Miguel, Gabriel e Maria. Foi quando também estudei e me formei em direito pela PUC de Arcos. Pagava os estudos e criava a família dirigindo o caminhão de lixo da prefeitura e levando os estudantes de ônibus para as aulas à noite. Foi muito sacrifício, mas hoje vejo o valor que teve em minha vida.

Família?

Considero a maior vitória criar minha família com todo amor. Minha esposa está junto comigo em todas as batalhas, e meus filhos são meus grandes amigos. Sou muito grato. Somos todos unidos. Além de tudo, tenho o sangue político na família. Meu avô e meu pai também foram prefeitos de Moema por duas vezes.

Direito com política é um bom casamento?

Acredito que sim. O direito nos dá uma visão mais ampla da legalidade da vida pública no sistema democrático. É muito positivo já sabermos, na “letra da lei”, a aplicação dos deveres e direitos, para que possamos fazer uma gestão justa, ética e correta.

Religião?

Fui batizado no catolicismo. Batizei três dos meus filhos na Igreja católica, mas há 15 anos optei pelo espiritismo e tem sido muito bom pra minha vida.

Como foi o caminho até a AMM?

Comecei na AMM na gestão do Antônio Júlio, como membro do Conselho Fiscal, e participei muito das atividades da entidade. Pela minha gestão democrática, tive o apoio dos prefeitos e fui eleito 1º vice-presidente da CNM. Sou muito intenso e dedicado àquilo que faço. E fico agradecido pelo apoio que estou tendo em minha jornada.

E a 35ª versão do Congresso?

Será um grande evento, um dos maiores já realizados pela AMM. Nossa equipe está toda empenhada, e os dias 19 e 20 de junho serão de intenso debate em torno da pauta municipalista. Pela primeira vez será no Mineirão. O evento promete!
 

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