Algumas evidências mostram que o ser humano tem aptidão para correr desde a pré-história. Existem fósseis, de 2 milhões de anos, com músculos e tendões alongados, articulações mais flexíveis e até sinais de evolução do sistema de refrigeração corporal pelo suor. Mas será que, ainda hoje, a corrida como atividade física continua tão simples?
Especialistas da área esportiva e da saúde garantem que sim. Contudo, alertam sobre a importância de ouvir os sinais do corpo dá e uma boa preparação para que a prática seja segura e prazerosa.
“A gente corre desde a infância, então, é natural pensar que a corrida seja um esporte que a gente já nasce sabendo. De certo modo, até é, mas é preciso ter cuidado. Depois que o corpo aquece, por exemplo, a gente se sente mais disposto, entusiasmado, e consegue fazer 2 quilômetros sem parar logo na primeira sessão de corrida, mas, no dia seguinte, o corpo cobra a conta: vem as dores, há risco de lesões e o desânimo de continuar. Por isso, a preparação é fundamental”, alerta o ex-atleta olímpico de triatlo e preparador físico Diogo Sclebin.
Modalidade ganha adeptos
Só no Brasil, existem cerca de 13 milhões de corredores, segundo levantamento divulgado em janeiro deste ano pela marca esportiva Olympikus em parceria com o instituto de pesquisa de tendências de consumo Box1824. O esporte, é hoje, o quarto mais praticado no Brasil, sendo quase equivalente ao futebol, segndo o mesmo levantamento.
E, obviamente, todo esse boom também elevou a possibilidade de investimentos e gastos (nem sempre necessários) para que a prática seja possível.
Há quem diga que é preciso um bom tênis, um relógio que meça a pressão arterial enquanto mapeia o trajeto percorrido, um óculos capaz de “abaixar” o tempo de atividade, entre outros itens encontrados em lojas especializadas, mas quem corre há muito tempo afirma que um bom check-up na saúde e itens que vão tornar a atividade mais segura bastam para garantir os bons resultados.
“Praticamente, qualquer pessoa pode correr. Mas, para fazer isso com segurança, uma avaliação cardiológica é fundamental. Se a pessoa não tem comorbidade prévia, a gente faz exames básicos, uma anamnese minuciosa, um eletrocardiograma para avaliar os fatores de risco e pronto. Já aqueles que têm alguma comorbidade, a gente precisa fazer uma análise mais criteriosa e, só depois, avaliar se dá ou não para liberar a pessoa para a atividade física”, pontua a cardiologista Patrícia Sá.
Com o aval de um médico, o esperado seria calçar um tênis e ir correr, mas a verdade é que a cada dia novos adereços vão facilitando, ou não, a prática, que, por essência, é natural do ser humano. “Uma das melhores coisas da corrida é que a gente consegue fazer com estrutura mínima e em praticamente qualquer lugar do mundo. Só precisamos de roupa adequada, protetor solar e um bom tênis”, pontua Sclebin.
Práticas esportivas e hábitos saudáveis
Todos os sábados, neste espaço e nas redes sociais de O TEMPO, os jornalistas Gabriel Rezende, Gláucio Castro, Paula Coura, Raquel Penaforte, Vitor Fórneas e Wallace Graciano vão trazer curiosidades sobre corridas de rua, dicas de especialistas e seus benefícios para o corpo e para a mente.
Aliás, também como forma de incentivo, a Sempre Editora entrou para a trend e vai estrear, em 10 de agosto, sua primeira corrida de rua. As modalidades contemplam todos os tipos de atletas: os experientes, com corridas de 10 km. Os intermediários, com 5k, e para aqueles que estão começando, com caminhadas de 3 km. As crianças também poderão participar do evento na caminhada kids.
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Corrida de O TEMPO
- Data: 10 de agosto de 2025.
- Horário: 8h.
- Local: Mirante do Belvedere (avenida José Maria Alkimin,138)
- Distância: Corridas de 10km e 5km. Caminhadas de 3km e corrida kids.
- Como se inscrever: no site da TBH Esportes. Clique aqui.