O uso de cigarro eletrônico no país é motivado, principalmente, pela curiosidade (20,5%). Justificativas associadas à ideia de redução de danos, no entanto, aparecem com menos frequência entre os brasileiros.

Os dados são do Covitel (Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia), que, pela primeira vez, perguntou sobre motivos de as pessoas usarem ou já terem experimentado o cigarro eletrônico.

Ao todo, a pesquisa ouviu 9.000 brasileiros de janeiro a abril de 2023 acerca de questões de saúde e de hábitos saudáveis. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais.

Depois da curiosidade, aparecem motivos como moda (11,6%), porque gosta (11,4%), para acompanhar amigos ou familiares (7,5%) e sabores (6,8%). Também estão abaixo de curiosidade razões como parar com cigarro tradicional (3%), não voltar a fumar cigarro tradicional (1,8%) e que faz menos mal que o cigarro tradicional (1%).

Apesar do alerta de médicos em relação aos riscos à saúde, que envolvem inflamação pulmonar e queda na imunidade, o principal argumento da indústria do tabaco e ativistas pela regulamentação do cigarro eletrônico é que o uso do item estaria ligado à redução de danos, ou seja, seria uma forma de substituir o cigarro convencional.