Um vigilante de uma agência bancária em São Paulo foi demitido por justa causa após publicar um vídeo seu no TikTok com teor machista. Ele tentou recorrer contra a decisão da empresa na Justiça, mas a juíza confirmou a demissão.
O vigilante gravou e compartilhou um vídeo com uniforme e crachá da empresa onde trabalhava. Nas imagens, ele sugere, de acordo com a decisão judicial, que, apesar de reclamarem, as mulheres preferem homens que “não prestam, que batem em mulher, que vivem às custas delas” e não pessoas "sérias" como ele. Durante o vídeo, ele mantém a mão sobre a arma que portava.
O trabalhador argumentou que o vídeo expressava sua opinião pessoal, sem intenção de associá-la à empresa, e que nunca havia causado problemas ao empregador em seus três anos de trabalho. A juíza entendeu, contudo, que o vídeo foi feito em horário de trabalho e que o conteúdo expôs o empregador.
“Discursos de ódio têm tomado as redes sociais com repercussões profundamente danosas para toda a sociedade e, em particular, para as mulheres, vítimas não apenas de machismo, mas de impensável misoginia, de que a fala do reclamante está repleta”, destaca, na decisão.