O iFood se manifestou sobre a paralisação dos entregadores de aplicativos, nesta segunda-feira (31), em todo o Brasil. A paralisação, chamada de 'breque dos apps' cobra um aumento na remuneração dos motoboys e melhores condições de trabalho. 

Em nota à imprensa, o iFood afirmou que respeita o direito à manifestação e livre expressão dos trabalhadores. A plataforma se disse atenta ao cenário econômico e afirmou que estuda a viabilidade de um reajuste nos valores pagos aos entregadores para 2025. 

"O ganho bruto por hora trabalhada hoje no iFood é quatro vezes maior do que o ganho do salário mínimo-hora nacional. De 2022 até 2024, os ganhos líquidos médios por hora trabalhada na plataforma foram 2,2 vezes superiores ao salário mínimo-hora, de acordo com os custos apontados em pesquisa realizada pelo Cebrap em 2023", disse o iFood em nota - disponível na íntegra ao final do texto. 

Breque

Entregadores de São Paulo se reuniram hoje em uma manifestação para marcar a paralisação da categoria, que deve afetar até amanhã 59 cidades pelo Brasil. Eles pedem melhores condições de trabalho em serviços de delivery dos principais aplicativos em operação no país, como iFood, Uber Flash e 99 Entrega. O ato também acontece em outras capitais do país, como Belo Horizonte. 

Organizadores do "breque dos apps" alegam precarização do trabalho e pedem aumento da remuneração aos entregadores. A reivindicação principal é um "aumento justo" do valor das taxas pagas à categoria.

A greve nacional tem quatro pautas centrais. São elas: a definição de uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; o aumento da remuneração por quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; a limitação da atuação das bicicletas a um raio máximo de três quilômetros; e o pagamento integral de cada um dos pedidos, nos casos em que diversas entregas são agrupadas em uma mesma rota.

Trabalhadores de 59 cidades aderiram à paralisação. Além de São Paulo, atos nas ruas também ocorreram hoje em ao menos outras 18 capitais. São elas: Maceió, Manaus, Belém, Salvador, Fortaleza, Goiânia, Distrito Federal, Belo Horizonte, João Pessoa, Natal, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Floripa, Curitiba, Porto Velho, Cuiabá e São Luís. 

O que diz o iFood?

O iFood respeita o direito à manifestação pacífica e à livre expressão dos entregadores e entregadoras. Como empresa brasileira e ciente do seu papel na geração de oportunidades, desde 2021, nos dedicamos à criação de uma agenda sólida e permanente de diálogo com os entregadores parceiros e representantes da categoria, para o aprimoramento de iniciativas que garantam mais dignidade, ganhos e transparência para estes profissionais.

Estamos atentos ao cenário econômico e estudando a viabilidade de um reajuste para 2025. É importante ressaltar que, nos últimos três anos, os ganhos dos entregadores foram aumentados de várias maneiras:

2022: Aumento do valor mínimo da rota em 13%, de R$5,31 para R$6,00, e do valor por quilômetro rodado em 50%, de R$1,00 para R$1,50.

2023: Reajuste da taxa mínima em 8,3%, de R$6,00 para R$6,50, acima da inflação do período (3,74% pelo INPC).

2024: Introdução de adicional de R$3,00 por entrega extra em rotas agrupadas.

O ganho bruto por hora trabalhada hoje no iFood é quatro vezes maior do que o ganho do salário mínimo-hora nacional. De 2022 até 2024, os ganhos líquidos médios por hora trabalhada na plataforma foram 2,2 vezes superiores ao salário mínimo-hora, de acordo com os custos apontados em pesquisa realizada pelo Cebrap em 2023.

Além disso, todos os entregadores parceiros do iFood têm acesso a seguro pessoal gratuito para casos de acidentes durante as entregas, planos de saúde, programas de educação, além de apoio jurídico e psicológico para casos de discriminação, assédio ou agressão sofridos pelos profissionais de delivery.

Ao mesmo tempo, reforçamos que é importante  respeitar o funcionamento dos estabelecimentos parceiros e garantir a livre circulação de funcionários e da população em geral, conforme previsto na Constituição, sempre prezando por um ambiente seguro e livre de qualquer tipo de violência.

O iFood segue disponível para o diálogo com os entregadores na busca por melhorias para os profissionais e para todo o ecossistema."