A celebração em homenagem a São Jorge começou com a tradicional queima de fogos em Quintino, bairro da Zona Norte do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (23 de abril de 2025). O feriado, observado em várias regiões do Brasil, homenageia um dos santos mais venerados, considerado um protetor contra adversidades e o mal. 

São Jorge é conhecido como o padroeiro de cavaleiros, soldados, escoteiros, esgrimistas e arqueiros, também santo padroeiro da Inglaterra e do Estado do Rio de Janeiro. O site oficial do Vaticano menciona que "a luta contra o mal é uma dimensão sempre presente na história humana, mas esta batalha não se vence sozinhos: São Jorge matou o dragão porque Deus agiu por meio dele".

Além do catolicismo, o santo é respeitado em outras vertentes do cristianismo, como a Igreja Anglicana e a Igreja Ortodoxa, e em religiões de matriz africana, como a umbanda e o candomblé, onde é admirado por seu caráter guerreiro. "São Jorge pertence ao rol do que eu chamo de santos do cotidiano. Aqueles dos milagres diários", disse o historiador Luiz Antônio Simas à Agência Brasil.

A origem de São Jorge remonta à Capadócia, atual Turquia, e sua resistência à perseguição aos cristãos pelo imperador romano Diocleciano, que levou ao seu martírio. A representação mais conhecida dele, a de um cavaleiro derrotando um dragão, simboliza a vitória do bem sobre o mal. 

Nas regiões de matriz africana, São Jorge costuma ser relacionado ao orixá Ogum, mas não são a mesma entidade. "São Jorge é um filho pródigo de Ogum, não é próprio Ogum", esclareceu a socióloga Flávia Pinto. O santo também é respeitado entre os muçulmanos, que veem indícios de sua presença no Alcorão, sob o nome de Al-Khidr.

Com informações de Agência Brasil.