Uma revisão sistemática publicada recentemente analisou 12 estudos e destacou que a presença de uma microbiota vaginal diversa — ou seja, em desequilíbrio — está fortemente associada ao risco aumentado de infecção por Chlamydia trachomatis e pode favorecer lesões pré-cancerígenas causadas por tipos de HPV de alto risco.
O que diz o estudo?
O levantamento, conduzido por pesquisadores italianos, avaliou revisões e meta-análises publicadas em bases como PubMed e Scopus. Os resultados reforçam que a bacteriose vaginal, caracterizada pela proliferação de bactérias anaeróbias, é uma condição que pode aumentar a vulnerabilidade às ISTs.
Entre os principais achados:
- A microbiota alterada está associada à infecção por Chlamydia trachomatis.
- Também pode estar relacionada ao desenvolvimento de lesões cervicais ligadas ao HPV.
- O papel da microbiota em infecções por gonorreia ainda não está bem definido.
Por que isso importa?
As ISTs continuam sendo um desafio de saúde pública, e compreender fatores que aumentam a suscetibilidade a essas infecções pode abrir caminho para estratégias de prevenção baseadas em microbiota, além de reforçar a importância do diagnóstico precoce de desequilíbrios vaginais.
Os autores destacam a necessidade de mais estudos com técnicas multi-ômicas para entender com clareza o papel dos microrganismos na saúde genital feminina.
O artigo completo pode ser acessado via PubMed.
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