O Instituto Médico Legal (IML) concluiu, nesta quinta-feira (10/7), a exumação do corpo da cachorra Babi, que era cuidada por Elizabete Arrabaça, acusada de envenenar e matar a nora, a professora de pilates Larissa Rodrigues. O objetivo da perícia é determinar se o animal também foi envenenado. A exumação foi feita na casa dos pais de Larissa, em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde o animal foi enterrado.
Ao g1, o delegado Fernando Bravo, responsável pela investigação, explicou que o corpo da cachorra estava em estado avançado de putrefação. “Foram localizados alguns ossos e um pouco de pelo. Esse material já foi coletado pela perícia e vai ser encaminhado a São Paulo para fazer exame toxicológico", afirmou.
A cadela Babi morreu no final de janeiro, aproximadamente 15 dias antes do falecimento de sua dona, Nathália Garnica, também envenenada. Nathália, de 42 anos, morreu em 9 de fevereiro em Pontal (SP). Neste caso, Elizabete Arrabaça é considerada suspeita. Já Larissa Rodrigues foi encontrada morta em 22 de março, no apartamento onde morava com o marido no Jardim Botânico, zona sul de Ribeirão Preto.
Elizabete Arrabaça e seu filho, o médico Luiz Garnica, estão presos preventivamente. Ambos são acusados de matar Larissa com "chumbinho". O promotor Marcus Túlio Nicolino denunciou os dois por feminicídio com três qualificadoras: uso de veneno, motivo torpe e método cruel mediante simulação e uso de recursos que dificultaram a defesa da vítima.
A denúncia do Ministério Público aponta que o médico planejou o crime por problemas financeiros e para evitar a divisão de bens após Larissa descobrir seu relacionamento extraconjugal. Luiz Garnica também responde por fraude processual por ter alterado a cena do crime.
O advogado João Pedro Soares Damasceno, que representa Elizabete, acompanhou a exumação e afirmou que a cliente nega ter matado a cachorra. "Eventual laudo que venha a ser concluído, inclusive pela inconclusividade, significa que não se pode ter uma certeza do envenenamento ou não do animal. Isso para todos os fins, a Elizabete é inocente. Vamos aguardar os demais passos", declarou.