A Polícia Civil do Paraná (PCPR), em ação conjunta com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), prendeu uma estudante de veterinária investigada por tráfico de drogas e outros crimes. A prisão ocorreu na sexta-feira (29/8) em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. A jovem, identificada como Beatriz Leão Montibeller Borges, estava foragida desde 19 de março de 2025, quando escapou de Piraquara, na Região Metropolitana de Curitiba.
A suspeita, de 25 anos, é acusada de integrar uma organização criminosa com atuação no Paraná. Ela enfrenta acusações de associação criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, Beatriz mantinha relacionamento amoroso com o líder de uma organização criminosa de atuação nacional, ligada ao PCC, e desempenhava papel importante na gestão financeira do grupo.
A fuga da suspeita aconteceu durante uma operação policial realizada em março deste ano, quando a PCPR prendeu oito pessoas. Os detidos foram acusados de participar da mesma organização criminosa envolvida com tráfico de entorpecentes, lavagem de dinheiro e porte ilegal de arma de fogo.
Segundo a polícia, Beatriz Leão Montibeller Borges, que cursa medicina veterinária, levava uma vida luxuosa que ostentava nas redes sociais. Viagens, festas, bebidas e até mesmo a própria faculdade seriam bancadas pelo criminoso com quem se relacionava e pelo dinheiro proveniente do tráfico. Além disso, ela teria ficado responsável por trabalhar na parte financeira da organização criminosa, decidindo o que poderia ou não ser comprado pelo grupo.
A operação de março concluiu uma investigação sobre o grupo criminoso que atuava no tráfico de drogas em Curitiba e municípios vizinhos. Dois dos principais integrantes do grupo comandavam as atividades ilícitas mesmo estando presos no sistema penitenciário paranaense.
O delegado da PCPR, Thiago Andrade, responsável pela condução da investigação, detalhou como o grupo operava. "Como estavam presos, eles utilizavam pessoas de fora do estabelecimento prisional para realizar o tráfico de drogas.Nesse sentido, o nosso trabalho foi o de mapear quem eram essas pessoas que atuavam como 'braços' desses indivíduos para a distribuição de drogas, aquisição de armas de fogo e outros bens, como carros e apartamentos", afirmou.
Após a prisão, a suspeita foi encaminhada ao sistema penitenciário fluminense. A PCPR solicitará a transferência da detida para o Paraná, onde responderá pelos crimes junto aos demais integrantes da organização já capturados.