Um entregador do Ifood foi agredido por um cliente após se recusar a subir no apartamento em um condomínio em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. O incidente ocorreu na terça-feira (21/2) e viralizou nas redes sociais.

O entregador identificado como Yuri Moraes de Araújo, de 21 anos, filmou toda a agressão do policial penal Alex Ramos Cabral, de 43 anos. 

Vídeo, o rapaz responde que não é obrigado a entrar no apartamento dos clientes. Na sequência, o agente penitenciário acerta um tapa na cabeça de Yuri que pede o código de segurança para entregar a encomenda.

Em depoimento à polícia, Yuri alega que homem havia mostrado a ele uma arma antes da agressão.

Além disso, o entregador do ifood cita que ao chegar no local da entrega, o homem já gritava pela janela para ele subir. Ao perceber que o policial estava exaltado, ele decidiu não subir. Contudo, o agressor teria ficado irritado por ter que descer para buscar o lanche.

À polícia, o policial penal Alex Ramos Cabral admitiu a agressão "após ser desrespeitado".

O caso foi registrado na 35ª DP de Campo Grande que investiga a ação. Segundo a polícia, inicialmente, o caso foi tipificado como vias de fato, mas, caso o exame aponta lesão, será alterado para lesão corporal. 

Além disso, a Secretaria Municipal de Administração Penitenciária (Seap) abriu um procedimento investigatório para apurar a conduta de um policial penal.

Por conta da agressão, a conta de Alex Cabral foi banida do iFood.

Segundo o coordenador sênior de branding e valorização do entregador no iFood, Leonardo Fabricio, “não existe obrigatoriedade de o entregador subir nos apartamentos, mas recomendamos que os clientes desçam para receber o pedido”.

Nota do Ifood

"Não há nenhuma obrigatoriedade de subir no apartamento. Descer para buscar o pedido é uma das formas que podemos adotar no dia a dia para demonstrar respeito aos entregadores. O iFood não faz nenhuma exigência aos profissionais que trabalham na plataforma para realizar a entrega diretamente no apartamento do cliente, por entender que há variáveis como regras do condomínio, questões de segurança ou por não existir condições de estacionar a moto na via pública, por exemplo. 

Reiteramos que as boas práticas na relação com entregadores têm sido reforçadas nos canais de comunicação da empresa e também em campanhas nas redes sociais, e pelo próprio aplicativo para clientes."