Um novo caso de gripe aviária (influenza aviária em alta patogenicidade) em aves silvestres em São Paulo foi confirmado pelo Ministério da Agricultura. O foco ocorre em aves da espécie irerê (Dendrocygna viduata) e foi detectado na última sexta-feira (4). As notificações da doença viral em aves e/ou de criação de subsistência não trazem restrições ao comércio internacional de produtos avícolas brasileiros e não afetam o status do país de livre de gripe aviária, conforme prevê a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

Em nota, a Defesa Agropecuária da Secretaria de Agricultura e Abastecimento informou que os casos envolvem três irerês encontrados no Parque do Ibirapuera, mas que não residem no local. Ações para evitar a propagação da doença foram adotadas no local, informou a Defesa Agropecuária paulista. "O Programa Estadual de Sanidade Avícola (Pesa) por meio de suas equipes e também da equipe da Divisão de Fauna Silvestre da Prefeitura Municipal, já atuam no local realizando diariamente vistorias clínicas e até o presente momento, não há sinais de sintomatologia compatível com IAAP. "Não haverá sacrifício sanitário no local devido à ausência de sinais clínicos nos animais existentes", esclareceu a Defesa Agropecuária em nota.

No total, o Brasil já registrou 177 casos da doença. Deste total, 171 foram em animais silvestres (167 em aves e 4 em leões-marinhos), cinco focos em produção de subsistência (criação doméstica) e um em produção comercial.

Até o momento, apenas um caso de gripe aviária (influenza aviária de alta patogenicidade, H5N1) foi confirmado em granja comercial no Brasil. O foco ocorreu em um matrizeiro de aves em Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), e já foi encerrado. Os dados constam na plataforma de acompanhamento de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura.