Justin Bieber segue Twitter de madrasta que torturou menina de 2 anos no RJ

Para além de ser casado com uma "mineira", o cantor canadense Justin Bieber ganhou uma nova ligação com o Brasil, desta vez, uma relação um tanto quanto sórdida. É que o artista internacional é um dos pouco mais de mil seguidores no Twitter de Patrícia André Ribeiro, madrasta que teria matado, ao lado do pai da criança, a menina Quênia, de 2 anos, no Rio de Janeiro. 

A informação veio à tona após, neste fim de semana, pessoas indignadas com o caso localizarem o perfil da suspeita, que está presa desde a última quinta-feira (9 de março), e vasculharem as postagens. Logo no perfil, a primeira informação da mulher é que Bieber a "seguiu no dia 30/04/2016, às 3:24 da manhã". 

A reportagem de O TEMPO acessou o perfil da mulher e verificou que, de fato, o cantor canadense aparece entre os seguidores da suspeita de infanticídio. Além de Patrícia, também está preso Marcos Vinicius Lino de Lima, pai da garotinha. 

A criança teria sido torturada e morta em Guaratiba, na zona Oeste do Rio. De acordo com o boletim de ocorrência, Quenia Gabriela Oliveira Matos de Lima deu entrada na Clínica da Família Hans Jurgen Fernando Dohmann, em Guaratiba, já sem vida. O caso foi denunciado à polícia pela médica que realizou o atendimento que observou que a criança apresentava sinais graves de violência.

No depoimento, a profissional informou que menina morreu pelo menos uma hora antes do pai dar entrada com ela na unidade de saúde. Segundo a delegada Márcia Helena Julião, titular da 43ª DP (Guaratiba), a criança apresentava diversas lesões, sendo elas: 12 na face, 17 no abdômen, 16 no dorso, seis nos braços, sete nas pernas e uma na orelha. Além de queimadura na região umbilical e uma fissura no ânus (que indica uma possível violência sexual).

"Parte ruim da maternidade", disse mulher em seu último tweet

Além de ter Bieber entre os seguidores, Patrícia também fez uma espécie de desabafo em sua última publicação no Twitter. "Cheguei numa parte ruim da maternidade. Estou doente e não posso dar 100% pro meu filho", escreveu a mulher no último dia 7 de março, dias antes de levar Quênia ao hospital já sem vida. 

Patrícia criava a garotinha de 2 anos, mas, também, tinha um bebê com o companheiro, um garotinho de 3 meses. Na rede social, desde o início de março a maternidade era o principal assunto da mulher, que chegou a compartilhar uma foto da criança no dia anterior à morte da enteada. 

"Nossa, meu peito encheu tanto que chega a estar doendo. Meu Deus" e "M. faz igualzinho na barriga, fica me chutando o tempo inteiro. Achei que quando nascia parava" foram algumas das últimas mensagens postadas. 

Algumas das últimas mensagens foram publicadas pouco antes de 4h da madrugada. Também durante a noite, no dia 26 de fevereiro, Patrícia escreveu outro desabafo "Cada vez mais difícil, sabe".

(Com informações de Bárbara Ribeiro)