O Ministério da Saúde confirmou nesta sexta-feira (15) uma reinfecção pela nova cepa do novo coronavírus, que possui origem no Amazonas. O caso havia sido identificado, no último dia 12, pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).

A vítima é uma mulher de 29 anos, que recebeu o primeiro diagnóstico da Covid-19 em 24 de março do ano passado. Em 30 de dezembro, ela voltou a contrair a doença, desta vez com a nova cepa variante do SARS-CoV-2. O Ministério da Saúde informou que a paciente apresentou sintomas leves da doença.

"A segunda análise realizada mostrou um padrão de mutações, compatível com a variante do vírus SARS-CoV-2, identificada recentemente pelo Ministério da Saúde do Japão, mas de origem no Amazonas", detalhou a pasta. A nova variante de origem amazônica foi detectada pela primeira vez no último domingo (10) por autoridades japonesas, que a identificaram em quatro pessoas que chegaram do Amazonas ao país asiático.

Após a descoberta, a informação foi compartilhada, como parte da rotina da vigilância epidemiológica, com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) e com toda a Rede do Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde (Cievs). "O Ministério da Saúde recomendou aos estados, Distrito Federal e municípios o contínuo fortalecimento das atividades de controle da Covid-19, a ampliação do sequenciamento de rotina dos vírus SARS-CoV-2, a investigação de surtos e o rastreamento de contatos de todo caso de Covid-19", explicou a pasta.

No Brasil, foram notificados até o momento, dois casos de reinfecção por nova variante do SARS-CoV-2, um na Bahia com a mutação identificado originalmente na África do Sul que segue em investigação, e outro já confirmado no Amazonas com variante Amazônica identificada inicialmente no Japão. 

Os casos são monitorados pelas equipes do Ministério da Saúde e da Opas/OMS. 

Reinfecções

Até o momento, no país, foram confirmados três casos de reinfecção com linhagens já circulantes no Brasil. O primeiro caso no Rio Grande do Norte, o segundo caso em São Paulo e um terceiro no estado do Rio Grande do Sul. 

Em Minas, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES), 37 casos são investigados, mas nenhum confirmado até o momento. "O Ministério da Saúde reforça a necessidade da adoção do uso contínuo de máscaras, higienização constantes das mãos e o uso de álcool em gel", frisou o órgão nacional, em nota.