O número de pessoas analfabetas é quatro vezes maior no Nordeste do que na região Sudeste, que tem o menor índice no país. O dado faz parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Educação 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que foi divulgada pelo órgão nesta quarta-feira (7 de junho) e apontou para uma queda de 0,5%, o menor número de iletrados desde 2016.
De acordo com o instituto, a taxa de analfabetismo para as pessoas de 15 anos ou mais também reflete desigualdades regionais, já que o Nordeste apresentou a taxa mais alta, com 11,7% de iletrados, e o Sudeste a mais baixa, com 2,9%. No grupo dos idosos (60 anos ou mais) a diferença é maior: 32,5% para o Nordeste e 8,8% para o Sudeste.
“A taxa de analfabetismo é uma das metas do atual Plano Nacional de Educação (PNE), que tem vigência até 2024. Um dos itens seria a redução da taxa da população de 15 anos ou mais para 6,5% em 2015 e a erradicação em 2024. A meta intermediária foi alcançada em 2017 na média Brasil, porém, no Nordeste e para a população preta ou parda, ainda não foi alcançada”, ressalta a coordenadora Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.
Entre as 27 unidades da federação, as que mostraram as três maiores taxas de analfabetismo foram Piauí (14,8%), Alagoas (14,4%) e Paraíba (13,6%). Já as três menores taxas foram as do Distrito Federal (1,9%), Rio de Janeiro (2,1%) e de São Paulo e Santa Catarina (ambos com 2,2%).
Os dados também apontaram que o número de analfabetos é duas vezes maior entre pretos e pardos do que entre brancos.
(Com Agência IBGE)