Pandemia

Pazuello diz que os 6,86 mi testes para Covid prestes a vencer são adequados

Tal número em estoque é compatível com um país de 212 milhões de habitantes. Cabe lembrar que os estados não possuem local para armazenagem tão ampla de testes, então nós atendemos por demanda, afirmou

Por FOLHAPRESS
Publicado em 02 de dezembro de 2020 | 12:47
 
 
 
normal

O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou que o estoque de 6,86 milhões de testes para detectar o coronavírus e que estão prestes a perder a validade é necessário para um país com as dimensões do Brasil.

"Tal número em estoque é compatível com um país de 212 milhões de habitantes. Cabe lembrar que os estados não possuem local para armazenagem tão ampla de testes, então nós atendemos por demanda", afirmou.

O ministro afirmou que houve uma tendência de queda na demanda por testes entre os meses de agosto e outubro. No entanto, essa procura pode subir nos casos de "repiques" da pandemia.

O governo federal vem sendo criticado por não distribuir à rede pública e manter em um depósito em Guarulhos (SP) milhões de testes para detectar o novo coronavírus, que perderão em breve sua validade. Relatório do Ministério da Saúde mostra que 6,86 milhões vencem até janeiro. Outros 212.900 testes vencem até fevereiro e 70.800, em março.

Pazuello disse que os testes estão em depósitos com "capacidade de estocagem e armazenamento de primeiro mundo". Os exames são do tipo RT-PCR, considerados padrão-ouro para diagnóstico de Covid-19.
Pazuello disse ainda que a data de validade prevista inicialmente pela empresa não reflete a atual capacidade dos testes. O prazo reduzido seria apenas para agilizar o registro e a permissão para uso emergencial pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"É preciso compreender uma coisa: os testes, quando foram comprados, as validades estão para 2021, para 2022 e até para 2023.Foi feito um registro inicial com a Anvisa e a empresa, dando uma validade pequena, emergencial para iniciar o uso, de oito meses", disse o ministro.

"Essa validade inicial seria e será renovada, porque todos os componentes dos testes, como foi apresentado na Comissão Externa da Câmara, têm a validade muito mais estendida. Nós sempre soubemos disso. Isso não é uma novidade", disse.

O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do ministério, Hélio Angotti Neto, afirmou que o pedido para prorrogar a validade já foi protocolado na Anvisa.

O titular da Saúde participou na manhã desta quarta-feira (2) de audiência na comissão mista do Congresso, que acompanha a execução orçamentária e as ações de enfrentamento ao novo coronavírus. Ele precisou deixar a audiência mais cedo, alegando ter sido convocado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para uma reunião no Palácio do Planalto.

Mas, sete meses após anunciar a distribuição de 46 milhões de testes para diagnosticar o novo coronavírus, o Ministério da Saúde só entregou até agora 38% dos kits para exames a estados e municípios. São 17,6 milhões do total prometido.

O montante vai na contramão de cronogramas anunciados pela pasta no programa Diagnosticar para Cuidar. Era prevista a entrega e o uso de quase a totalidade dos testes até outubro, com volume menor até o fim de dezembro. O objetivo era aumentar o rastreamento de possíveis casos da Covid-19. Desse modo, o poder público obteria maior controle da epidemia.

O ministro também afirmou que o país multiplicou por 10 sua capacidade de processamento de testes, com a construção de quatro centros de testagens.

Notícias exclusivas e ilimitadas

O TEMPO reforça o compromisso com o jornalismo profissional e de qualidade.

Nossa redação produz diariamente informação responsável e que você pode confiar. Fique bem informado!