Medida

Prefeitura de São Paulo adota internação involuntária de usuários de crack

Legislação prevê que dependentes químicos podem ser internados contra a vontade deles a pedido de familiares ou de responsáveis legais

Por Laura Maria
Publicado em 06 de junho de 2022 | 14:13
 
 
 
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Desde abril deste ano, a prefeitura de São Paulo adotou o sistema de internação involuntária de usuários de crack e de outras drogas. A medida é permitida por lei desde 2019, mas, até então, não havia sido adotada na cidade. A legislação prevê que dependentes químicos podem ser internados contra a vontade deles a pedido de familiares ou de responsáveis legais.

Segundo a prefeitura, desde abril, houve 22 casos de famílias que procuraram o município para realizar internações involuntárias na cidade. Entretanto, o executivo não confirmou que foram 22 pessoas internadas. A reportagem questionou o órgão e aguarda retorno.

No último mês, a polícia tem realizado dispersões na Cracolândia. No dia 27 de maio, uma operação ocorreu na praça do Cachimbo, e a polícia prendeu seis pessoas e deteve um adolescente. 

Segundo a prefeitura, após esse tipo de dispersão, o órgão tem registrado crescimento do número de dependentes químicos que aceitaram o serviço terapêutico oferecido pelo programa Redenção.

O tratamento médico para dependentes químicos é oferecido em 97 unidades de CAPS e de 23 UPAs. A internação ocorre voluntariamente, quando o próprio dependente químico recorre à prefeitura, e involuntariamente, quando familiares ou representantes legais desses cidadãos procuram o Estado para fornecer acolhimento terapêutico.

 

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