Senado estuda colocar fim ao horário de verão em todo o país

Um projeto que visa colocar fim ao horário de verão em todo o país está no Senado, em Brasília. Airton Sandoval (MDB-SP) é o autor da proposta, que já está nas mãos do senador Valdir Raupp (MDB-RO), que é o relator. De acordo com Sandoval, a justificativa econômica para se aplicar o horário de verão nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste não se sustenta se for realizado um estudo mais aprofundado. Porém, segundo ele, o desenvolvimento de diversos problemas de saúde são uma realidade quando o horário de verão é adotado.

Para ele, o maior aproveitamento da luz solar quando o horário é adotado, em detrimento da luz artificial não se justifica. Porém, os efeitos negativos são inúmeros, conforme relatórios de vários países, tais como irritabilidade, comprometimento cognitivo (aprendizagem), perda ou lapsos de memória, comprometimento do julgamento moral (que levaria à prática de crimes), sonolência, bocejos, alucinações, comprometimento do sistema imunológico, agravamento de doenças cardíacas, arritmias cardíacas, redução no tempo de reação (causa acidentes no trânsito), tremores, dores, redução da precisão (leva a acidentes de trabalho), aumento dos riscos relacionados com a obesidade e supressão do processo de crescimento (em adolescentes).

O projeto será analisado também pelas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), cabendo à última a decisão terminativa. Geralmente iniciado em outubro, este ano o horário de verão começa 4 de novembro atendendo a um pedido do Tribunal Superior Eleitoral, justamente uma semana após o segundo turno das eleições. O decreto assinado pelo presidente Michel Temer teve como objetivo evitar atrasos na apuração dos votos e na divulgação dos resultados do pleito.

O horário de verão é aplicado em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal), e vigora até 17 de fevereiro do ano que vem. As informações são da Agência Senado.