Uma confusão envolvendo o transporte de um coelho em um voo de São Paulo para Amsterdã, na Holanda, acabou em briga no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (Grande SP), na noite desta quinta-feira (18).
Um homem e uma mulher tentavam embarcar o animal na cabine do avião, mas acabaram sendo impedidos pelos funcionários da KLM, empresa holandesa responsável por operar o voo.
Em imagens que circulam nas redes sociais é possível observar que o casal e os funcionários da companhia aérea discutem fortemente e chegam a partir para a agressão física.
Confira um vídeo que mostra parte da briga:
Transporte de coelho na cabine do avião acaba em briga no aeroporto de Guarulhoshttps://t.co/3c1z8PAKp9 pic.twitter.com/nn9ylTOV3z
— O Tempo (@otempo) November 19, 2021
Em nota, a KLM explicou que, diferentemente de cães e gatos, roedores não podem ser transportados na cabine do avião por questões de segurança. A empresa, contudo, admitiu ter cometido um equívoco, uma vez que o casal estava amparado por uma decisão judicial que permitia o transporte do animal.
"Devido a um equívoco interno da companhia, o transporte excepcional do animal na cabine da aeronave, com base em uma decisão judicial, não foi comunicado à tripulação do voo com antecedência", afirma um trecho da nota enviada pela empresa.
A companhia ainda disse condenar qualquer tipo de comportamento violento tanto de passageiros como de colaboradores e afirmou que uma investigação está em andamento para apurar melhor os fatos.
A GRU Airport, concessionária que administra o aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, disse, também por nota, ter acionado a Polícia Federal e que os passageiros e funcionários da companhia aérea foram conduzidos para a delegacia da Polícia Civil, onde a ocorrência foi registrada.
A reportagem não conseguiu localizar o casal.
Liminar da Justiça de Minas
Em setembro deste ano, a Justiça de Minas Gerais concedeu uma liminar para uma professora e advogada mineira que foi impedida de viajar com o seu coelho.
A decisão, assinada pelo juiz Leonardo Guimarães Moreira, do Juizado Especial de Pedro Leopoldo, determinou que a empresa Azul embarcasse o animal na cabine mediante pagamento da taxa de transporte, de R$ 250, sob pena de multa de R$ 5 mil.
A reportagem de O TEMPO ainda conversou com o pai da mineira, que negou que seja ela na confusão ocorrida em Guarulhos. "A viagem dela foi em outubro", disse.
Atualizada às 20h14