SÃO PAULO - Oficialmente, "Tropa de Elite", novo longa de José Padilha, estreou no Festival de Cinema do Rio. Para ter condições de competir a uma das vagas no Oscar, colocaram o longa em exibição em uma única sala e horário em um cinema de Jundiaí, interior paulista. Mas tamanha polêmica não conquistou os membros da comissão do Ministério da Cultura, que selecionou o longa "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias", de Cao Hamburger, para representar o Brasil na disputa por uma das cinco vagas na categoria de melhor filme estrangeiro, no Oscar 2008.
O filme ainda não chegou às telonas brasileiras (tem lançamento previsto para 12 de outubro), apesar de muitos já terem assistido em cópias piratas. Agora "Tropa de Elite" já tem data definida para chegar em território norte-americano. A produtora The Weinstein Company informa que lançará o filme no dia 25 de janeiro, "em várias cidades" dos Estados Unidos. Depois da data, a produtora afirma que ele será lançado em outros países.
O filme de Padilha, autor também do documentário "Ônibus 174", traz o talentoso Wagner Moura no papel de Nascimento, capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da PM do Rio de Janeiro. A polêmica em torno do filme se deu por duas razões. A primeira é que o longa foi comercializado em cópias piratas há mais de um mês, antes mesmo de chegar às telonas. E a outra porque mostra uma instituição (o Bope) que, por um lado é incorruptível, mas que, por outro, choca pela prática de tortura - e até mesmo de execução. (Agência Estado)