A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, instalada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), aprovou, nesta quarta-feira (15), um requerimento para convocação do general Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no governo de Jair Bolsonaro.
Os integrantes da CPI também aprovaram a convocação do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. Ele foi preso em junho de 2020 por envolvimento com um movimento que pedia o fechamento do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). O blogueiro continua sob investigação.
Os parlamentares ainda aprovaram requerimentos para o comparecimento à CPI do general Carlos José Russo Assumpção, ex-secretário-executivo do GSI, e do tenente-coronel Paulo Jorge Fernandes, ex-comandante do Batalhão de Guarda Presidencial (BGB).
Deputados também querem ouvir financiadores do movimento
Os deputados distritais também vão convocar suspeitos de financiar o acampamento em frente ao Quartel General do Exército e os atos que culminaram na invasão e depredação das sedes dos três poderes, em Brasília, na tarde de 8 de janeiro. Ainda não há data definida para os novos depoimentos.
Os deputados ainda vão pedir informações à Polícia Militar do Distrito Federal para saber quem respondia pela chefia do Departamento de Operações (DOP), durante o ataque aos prédios públicos.
Coronel que chefiava operação deve ser ouvido nesta quinta-feira
Está marcada para quinta-feira (16) o depoimento do coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime. Ele chefiava o departamento operacional da corporação durante os ataques de 8 de janeiro.
Naime está preso desde 7 de fevereiro, após ser alvo em uma das etapas da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, que investiga omissão e até colaboração de militares nos atos 8 de janeiro.
Também era previsto o depoimento do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do DF Anderson Torres, que foi adiado para 23 de março.
Ele, que deixou o país dois dias antes dos ataques, indo para a Flórida, nos Estados Unidos, onde já estava o ex-presidente Jair Bolsonaro, é suspeito de facilitar e até planejar o movimento que visava a derrubada do recém-iniciado governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
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